STF dá 48h para Anvisa detalhar o que falta para análise da Sputnik V
Decisão do ministro Lewandowski foi publicada nesta 2ª. Agência negou importação do imunizante
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para a Agência Nacional de Vigilância Sanitára (Anvisa) detalhar quais documentos faltam para que a agência reguladora faça uma "análise definitiva" sobre a compra e uso emergencial da vacina russa Sputnik V. A decisão do ministro foi publicada nesta 2ª feira (10.mai).
Em 13 de abril, Lewandowski determinou que a Anvisa decidisse sobre o pedido de importação da Sputnik feito pelo Governo do Maranhão. Se não houvesse uma decisão da agência, após 30 dias, o estado estaria autorizado a importar a vacina russa.
Diante da determinação, a Anvisa realizou audiência e decidu negar o pedido de autorização de importação da Sputnik, alegando, entre outras coisas, que técnicos do órgão foram impedidos de visitar todos os locais de fabricação do imunizante na Rússia. Além disso, a agência argumentu que faltavam documentos que comprovassem a segurança do imunizante e que os países qu aprovaram o uso -- como a Argentina -- não têm tradição de análise de medicamentos.
Os responsáveis pela Sputnik chegaram a dizer que processariam a Anvisa por difamação e acusaram a agência de agir politicamente por influência dos Estados Unidos. Em resposta, o órgão disse que não estava acima de críticas, mas que os ataques eram inadmissíveis.
O Consórcio Nordeste, formado por governadores da região, já possui um contrato para a aquisição de 37 milhões de doses da Sputnik V da região com o Fundo Soberano Russo.
Procurada para comentar a decisão desta 2ª feira, a Anvisa não havia retornado até a mais recente atualização desta reportagem.