Publicidade
Jornalismo

SP: operação da PF investiga supostas fraudes em licitações na saúde

A suspeita é de superfaturamento em contratos emergenciais, durante a pandemia, envolvendo a Autarquia Hospitalar da Prefeitura de São Paulo

Imagem da noticia SP: operação da PF investiga supostas fraudes em licitações na saúde
SP: operação da PF investiga supostas fraudes em licitações na saúde
• Atualizado em
Publicidade
Agentes da Polícia Federal cumpriram seis mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (06), em São Paulo, em uma operação que apura supostas fraudes em contratações emergenciais durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com as investigações, o esquema de superfaturamento envolveria a Autarquia Hospitalar da Municipal da Prefeitura paulista e quatro empresas, que participaram de duas contratações, realizadas sem licitações.

A PF afirma que uma das empresas investigadas é de grande porte e tem reconhecimento na área médica-hospitalar. As outras duas são menores e não têm qualquer relação com o ramo. Já a quarta sequer tem uma sede.

"As empresas estão intimamente ligadas. Havia telefones, que nos cadastros eram comuns em mais de uma empresa. Foi verificado que um foi sócio anterior de uma das empresas; um dos sócios de uma das empresas doou a uma campanha a deputado federal, que é sócio de outra empresa", explicou o delegado Adauto Machado.

A operação teve início após o Tribunal de Contas da União identificar possíveis irregularidades em contratos, firmados pela Autarquia Hospitalar da capital paulista em março, para a compra de aventais hospitalares. Os equipamentos de proteção, que foram entregues entre os meses de maio e julho, teriam sido adquiridos pela instituição por um valor até treze vezes maior do que o do preço de mercado, antes da pandemia.

Mais tarde, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, comentou sobre a operação da PF. "Já é um absurdo você ouvir falar em desvio de recurso público, ainda mais absurdo quando é na área da saúde, e chega a ser ainda mais absurdo no momento de pandemia. Portanto, é inadmissível qualquer desvio nessa área", declarou Covas.

Agora, a Polícia Federal tenta identificar se houve pagamentos a servidores e qual a possível relação deles com as empresas beneficiadas por contratos superfaturados.

Na tentativa de evitar prejuízo aos cofres públicos em meio à pandemia, a Justiça de São Paulo exigiu mais transparência da Prefeitura e determinou que todos os dados referentes às contratações emergenciais sejam divulgados na íntegra. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do estado, que estipulo um prazo de cinco dias para a disponibilização das informações, sob penalidade de multa.
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade