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Governo aceita recriar ministérios em troca de permanência do Coaf

O retorno das duas pastas serviu de moeda de troca para a manutenção do Conselho no Ministério da Justiça, que também voltará a responder pela Funai

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Governo aceita recriar ministérios em troca de permanência do Coaf
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O Governo aceitou recriar os Ministérios da Integração Nacional e das Cidades em troca da permanência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, a Coaf, no Ministério da Justiça. 

As duas pastas substituirão o ministério do Desenvolvimento Regional, criado pelo Presidente Jair Bolsonaro, na medida provisória que pretende reestruturar as pastas do Governo. 

A decisão de recriar as pastas, na verdade, foi uma moeda de troca com os partidos do "centrão", DEM e MDB, que pressionavam o Governo para aumentar o número de ministérios na Esplanada, garantindo, assim, indicações políticas. 

Em contrapartida, os partidos garantiriam não criar resistência à manutenção da Coaf na pasta da Justiça, como defendido pelo ministro Sérgio Moro. 

"Hoje, não se combate o crime organizado. E não se pode falar em segurança pública sem combater o crime organizado, sem tratar da lavagem de dinheiro. É isso que eu tenho argumentado, o Coaf é uma peça estratégica essencial para esse enfrentamento", argumentou o ministro da Justiça em um vídeo.

Com a decisão, o Coaf não será mais transferido para o Ministério da Economia, medida que era defendida por parte dos parlamentares. 

O texto foi apresentado nesta terça-feira (07) à comissão do Congresso que trata da reforma ministerial e precisa ser aprovado até 03 de junho. 

Outra mudança anunciada foi o retorno da Fundação Nacional do Índio para a pasta da Justiça, deixando de ser subornada ao Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos.

A demarcação de terras indígenas, no entanto, ainda permanecerá sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, por meio do Incra.

Outro recuo foi na emissão de registros sindicais, tarefa que passará do Ministério da Justiça para o da Economia. Antes, a responsabilidade era do Ministério do Trabalho, que continua extinto. 

 

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