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Vídeos sobre “odontologia biológica” seguem no ar mesmo após ordem da AGU para remoção

Conselho Federal de Odontologia alerta que prática não tem base científica, representa riscos à saúde e pode levar à cassação de registro de profissionais

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Onze dias após a Advocacia-Geral da União (AGU) determinar a retirada de vídeos que divulgam supostos benefícios da chamada “odontologia biológica”, muitos conteúdos ainda permanecem disponíveis nas redes sociais. Considerada uma pseudociência, a odontologia biológica afirma que há ligações entre dentes e órgãos do corpo, e que tratamentos dentários convencionais causam doenças sérias, o que não é verdadeiro.

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O Conselho Federal de Odontologia (CFO) afirma que a prática não possui qualquer respaldo científico e pode colocar em risco a saúde da população. Em um dos vídeos, uma mulher que se apresenta como dentista relaciona dentes a doenças em órgãos do corpo, como rins, bexiga e sistema reprodutor.

A bióloga Maria Lúcia Pereira Torres contou que acreditou nas promessas do método. Com queixas de cansaço, dores no joelho e irregularidades menstruais, foi orientada a extrair um dente.

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"Eu estou sem um dente, ainda esperando para colocar a coroa. Estou só com um implante de titânio e meu rosto ficou mais assimétrico, porque passo muito tempo mastigando só de um lado”, relatou a bióloga.

Segundo especialistas, a chamada odontologia biológica não é uma nova especialidade, mas um conjunto de ideias sem comprovação científica.

"Não existe essa especialidade tampouco essa prática clínica. Esses conceitos que contrariam a odontologia clássica, com embasamento científico, não existem”, reforça o membro do CFO, Sidney Neves.

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Nas redes sociais, os chamados “dentistas biológicos” chegam a afirmar que um dente pode ser a causa de doenças como câncer, Alzheimer e até infertilidade. Também desestimulam o uso do flúor, prescrevem vitaminas, hormônios e dietas sem respaldo científico.

Por solicitação do CFO, a AGU determinou a exclusão desses conteúdos, mas muitos permanecem publicados. O conselho recebe denúncias contra profissionais que oferecem esse tipo de tratamento e alerta que eles podem ter o registro cassado.

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