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Brasil

MP recorre de absolvição de sete PMs acusados de omissão na Chacina do Curió em Fortaleza (CE)

Órgão busca reverter decisão do júri que inocentou policiais que estavam de serviço, mas não teriam agido para impedir os crimes em 2015

Imagem da noticia MP recorre de absolvição de sete PMs acusados de omissão na Chacina do Curió em Fortaleza (CE)
Familiares protestam em frente ao tribunal | Foto: reprodução
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O Ministério Público do Ceará (MPCE) ingressou nesta segunda-feira (1º) com um recurso contra a absolvição de sete policiais militares acusados de omissão no julgamento da Chacina do Curió, episódio ocorrido em novembro de 2015 na periferia de Fortaleza, que deixou 11 mortos.

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Os agentes formavam o chamado “Núcleo da Omissão”, denominação dada pelo MP por estarem de serviço na região durante os assassinatos, mas não terem agido para impedir os crimes. Segundo a denúncia, os policiais tinham dever legal e meios de evitar a tragédia, mas permaneceram inertes.

O julgamento desse grupo teve início em 25 de agosto e durou sete dias. A 1ª Vara do Júri de Fortaleza conduz o processo em várias etapas. Até setembro de 2025, os 30 réus ligados à chacina deverão ter sido julgados.

“O resultado desse júri não era o esperado pelo Ministério Público e, por isso, interpomos recurso para ser julgado pelo Tribunal de Justiça. É um processo complexo, com várias fases, e estamos nos preparando para o próximo julgamento, que ocorrerá agora em setembro, buscando novamente a condenação e a responsabilização de todos os envolvidos naquele fatídico episódio”, afirmou o procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho.

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Um colegiado de cinco promotores de Justiça acompanha o caso. O júri popular do “Núcleo da Omissão” contou com a presença de familiares das vítimas, instituições públicas, movimentos sociais, parlamentares e imprensa. Outros três réus serão julgados em 22 de setembro, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.

Relembre o caso

A Chacina do Curió ocorreu entre a noite de 11 e a madrugada de 12 de novembro de 2015. De acordo com o MP, a motivação foi uma retaliação pela morte do soldado Valtermberg Chaves Serpa, assassinado ao reagir a um assalto contra sua esposa. Policiais teriam planejado uma vingança, escolhendo vítimas de forma aleatória. Onze pessoas morreram. Moradores e familiares precisaram socorrer feridos em veículos particulares e até na carroceria de uma caminhonete.

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