Brasil

Vídeos mostram coronel da PM do Amazonas agredindo ex-mulher em posto de gasolina em Manaus

Oficial já havia sido afastado após denúncias; vítima relata episódios de violência desde 2012 e acusa policiais de agressão durante atendimento

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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o coronel da Polícia Militar do Amazonas Marcos Vinicius Poinho Encarnação agredindo a ex-mulher, Iolanda Martins, em um posto de combustíveis em Manaus. O oficial já havia sido afastado da corporação em junho deste ano, após denúncias anteriores de violência.

Nas imagens, o coronel aparece de bermuda verde e camisa preta. Ele imobiliza Iolanda no chão e dá diversos socos no rosto dela. A cena, registrada por testemunhas, é observada por outras pessoas no local – ninguém intervém.

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Como a agressão aconteceu

Segundo a defesa da vítima, o caso ocorreu na madrugada de 4 de junho, por volta das 5h. O ex-casal discutiu após consumir bebidas alcoólicas. O conflito teria começado quando Iolanda decidiu deixar o local, enquanto o coronel insistia em permanecer.

Após as agressões, Iolanda desmaiou e foi levada para um quarto dentro da loja de conveniência, onde permaneceu até retomar a consciência, por volta das 10h.

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Ao acordar, uma nova discussão começou. A Polícia Militar já havia sido acionada e chegou ao local. Em outro vídeo, Iolanda afirma que os policiais a imobilizaram e a agrediram. "Eles me asfixiaram com o joelho e só me soltaram quando ele mandou", relatou.

A vítima não chegou a ser levada ao hospital, mas registrou Boletim de Ocorrência logo depois. Segundo o advogado Alexandre Torres Jr., ela tem marcas documentadas e fotos de agressões anteriores, registradas em 2022 e 2023, entregues às autoridades.

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A Polícia Militar foi questionada sobre a conduta dos agentes que aparecem nas gravações, mas não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.

Histórico de violência

Em junho, Iolanda publicou nas redes sociais que sofria agressões do coronel há mais de dez anos, dizendo que evitava denunciar por medo e preocupação com a família.

"Fui agredida pelo meu esposo, aquele que deveria cuidar e zelar por mim. Isso acontece desde 2012. Mas eu escondia tudo", afirmou na época.

Após a denúncia, o oficial foi afastado da diretoria administrativa da PM, teve a arma recolhida e passou a ser investigado por um Inquérito Policial Militar. Paralelamente, a Polícia Civil abriu apuração na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) Centro-Sul.

Até o momento, a defesa do coronel não se manifestou.

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