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Brasil

Uso de cigarro eletrônico avança e atinge 1 em cada 9 adolescentes no país

Levantamento nacional da Unifesp revela avanço do "vape" entre adolescentes, com maior prevalência entre meninas, mesmo sendo proibido no Brasil

Imagem da noticia Uso de cigarro eletrônico avança e atinge 1 em cada 9 adolescentes no país
Combinar vape com cigarro quadruplica o risco de desenvolver câncer de pulmão | Joedson Alves/Agência Brasil
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Um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgado nesta semana, revelou que um em cada nove adolescentes brasileiros utiliza cigarro eletrônico.

A pesquisa ouviu cerca de 16 mil pessoas com 14 anos ou mais, em todas as regiões do país, e apontou que o número de jovens adeptos dos dispositivos eletrônicos é cinco vezes maior do que o de fumantes de cigarros tradicionais, que representam 1,7% nesse grupo etário. De acordo com o estudo, o uso desse tipo de cigarros é maior entre meninas (9,8%) do que entre meninos (7,7%).

+ Como funciona o cigarro eletrônico, que causou colapso no pulmão de jovem de 22 anos

O estudo integra a terceira edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), com dados coletados entre 2022 e 2024, e, pela primeira vez, incluiu os dispositivos eletrônicos.

Embora a venda desses produtos seja proibida no Brasil, a coordenadora do estudo, Clarice Madruga, professora de Psiquiatria da Unifesp, alerta que a ampla oferta na internet facilita o acesso dos jovens. Ela também chama atenção para a reversão na queda histórica do tabagismo, resultado de políticas públicas eficazes iniciadas na década de 1990.

+ Entenda os perigos do uso dos cigarros eletrônicos e a combinação que pode torná-los ainda pior A pesquisadora enfatiza ainda os riscos à saúde, afirmando que a exposição à nicotina e a outras substâncias tóxicas é potencialmente maior nos cigarros eletrônicos do que nos convencionais. Segundo ela, o uso crescente entre adolescentes ocorre de forma silenciosa, dificultando a identificação e o combate ao problema.

Os participantes do estudo foram convidados a buscar apoio no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da própria universidade.

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