Um motociclista morre a cada três horas no estado de São Paulo
Em oito meses, 1.762 motociclistas morreram em acidentes no estado, segundo dados do Detran-SP
Juliana Tourinho
Um motociclista morreu a cada três horas, no estado de São Paulo, vítima de acidentes de trânsito, nos primeiros oito meses deste ano. No mesmo período, os condutores de motos também lideraram os registros de infrações graves, segundo o Detran-SP.
De janeiro a agosto, os motociclistas estiveram no topo das autuações por excesso de velocidade, ausência de capacete e avanço de sinal vermelho.
Os números da violência no trânsito são preocupantes. Nos oito primeiros meses do ano, foram registradas 4.069 mortes em acidentes nas vias do estado. Desse total, 1.762 eram motociclistas — um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Em seguida aparecem os pedestres, com 910 vítimas, e motoristas e passageiros de automóveis, com 851.
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Para o Detran-SP, a situação representa um problema de saúde pública.
“É uma questão de saúde pública, nós estamos perdendo muitos homens jovens em idade produtiva para o trânsito, e a gente não pode continuar admitindo isso. A gente tem que colocar em prática campanhas que possam conter e reduzir esses óbitos”, afirmou Roberta Mantovani, diretora de segurança viária do Detran-SP.
Como parte da estratégia para enfrentar o problema, o órgão lançou uma nova versão da plataforma que reúne dados sobre acidentes e infrações. A expectativa é que, com esse mapeamento, seja possível desenvolver políticas públicas mais eficazes.
“Esses trabalhos envolvem campanhas de massa integradas com fiscalização, com ações de olhar para os desenhos das vias e entender se existem medidas que podem ser tomadas para aumentar a proteção aos motociclistas”, completou Mantovani.