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Brasil

Total de inquéritos e operações da Polícia Federal caiu e o número de pessoas indiciadas subiu em 2024

'Fazendo mais com menos', diz diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ao apresentar balanço de produtividade em meio à turbulência política e ataques

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Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues (centro) fez um balanço das ações em 2024 para jornalistas. (Crédito: Ricardo Brandt/SBT).
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"Fazendo mais, com menos."

O mantra do mundo corporativo - sinônimo de maior efetividade na produção - foi usado pelo diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Andrei Rodrigues Passos, para explicar a aparente dicotomia nos números de 2024.

Houve aumento do total de investigados indiciados (14%) e presos por mandato judicial (12%), e a queda de operações deflagradas (-6%) e inquéritos em andamento (-16%) neste ano - dados de janeiro a novembro.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (4) pelo chefão da PF, em um encontro com jornalistas, em Brasília. Foram 32 mil indiciados por crimes neste ano. Entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e generais aliados por tentativa de golpe."

Ao todo, são 50 mil inquéritos em andamento na PF, 40 mil abertos neste ano. Casos como o dos inquéritos contra bolsonaristas e o do Caso Marielle são apenas uma pequena fração, que acaba ganhando mais holofotes.

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"Às vezes quando a gente é criticado ou tem comentários 'vocês só estão cuidando disso o cuidando daquilo'. Não. Só este ano instauramos 40 mil inquéritos policiais", afirmou Rodrigues.

Em 2024, foram 10 mil inquéritos a menos. Houve queda de operações ostensivas - em que policiais vão às ruas para prender e apreender alvos de investigações - também. Foram 2.108 até novembro, e 2.246 no ano passado.

A queda de inquéritos é um dado positivo, como alertou o diretor-geral da PF. "A gente conseguiu reduzir esse nosso acervo em 10 mil inquéritos." A PF divulgou balanço com dados de presos, inquéritos abertos, solucionados, pessoas indiciadas, entre outros. O SBT News reproduz alguns dos dados da PF.

"Menos inquéritos, um pouco menos de operações, mas tem uma efetividade maior, porque tem um número maior de indiciados", afirmou o delegado Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da PF.

A queda tem relação com a maior efetividade do trabalho, segundo Rodrigues. Com 86% de casos solucionados, há menor tempo de conclusão das investigações e foco no direcionamento das equipes.

Ataques

Em meio a ataques de deputados e senadores por ações que têm como alvos parlamentares, o diretor-geral da PF destacou os indiciamentos, prisões e operações como prova de que o trabalho policial não tem influência política. "Ontem, no Parlamento, vocês devem ter acompanhado, muitos parlamentares falando..."

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"Os indiciamentos são aquelas pessoas que a gente identifica como responsáveis pelo cometimento de crime, que há indício suficiente, que apresentamos ao Poder da Judiciário." As prisões com mandados judiciais são decorrentes de representações da PF nos inquéritos, aprovadas pelo Ministério Público e determinadas pela Justiça.

"É importante dizer, não é um desejo da polícia prender, é requisito técnico."

Para o diretor-geral, apesar das críticas, a PF tem aumentado o total de indiciados e o número de prisão judicial "que têm parecer no Ministério Público e, portanto, demonstram o caminho correto".

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