Torcedores do Palmeiras envolvidos na morte de cruzeirense em 2024 irão a júri popular

A Justiça de Mairiporã, na Grande São Paulo, decidiu nesta segunda-feira (29) que 20 torcedores ligados a uma organizada do Palmeiras, que participaram de uma emboscada contra a torcida do cruzeiro em outubro de 2024, irão a júri popular. A ação resultou na morte do cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos.

A decisão, publicada na última sexta-feira (26), atende integralmente à denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e inclui acusações de homicídio, 15 tentativas de homicídio, incêndio e promoção de tumulto esportivo. O MP afirmou que ainda não há data para a realização do julgamento.

Segundo o MPSP, os agressores usaram pedaços de pau, pedras, barras de ferro e rojões para atacar os rivais. A motivação teria sido uma vingança por conta de uma briga ocorrida em 2022, que resultou na morte de um torcedor do Palmeiras e deixou vários outros feridos, alguns em estado grave.

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Dias após o incidente, a Justiça de Mairiporã decretou a prisão de seis integrantes da torcida Mancha, incluindo o presidente, Jorge Luiz Sampaio, e o vice da organizada, Felipe Mattos dos Santos, conhecido como "Fezinho". A investigação afirmou que Jorge Luiz estava no local da emboscada no momento do ataque.

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O caso

O episódio ocorreu em 27 de outubro de 2024, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo. De acordo com a denúncia, centenas de torcedores palmeirenses emboscaram integrantes de uma organizada do Cruzeiro que retornavam de uma partida disputada no Paraná.

O torcedor do Cruzeiro José Victor Miranda, de 30 anos, morreu e 17 ficaram feridos após sofrerem a emboscada. Miranda chegou a receber atendimento médico após sofrer ferimentos graves, mas não resistiu.

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Miranda voltava para Minas Gerais após a partida do time contra o Athletico Paranaense, em Curitiba, quando foi surpreendido por palmeirenses que interceptaram o ônibus onde estava, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, interior de São Paulo.

Ao menos 120 pessoas estariam envolvidas no confronto que, além da arma de fogo, foi municiada por barras de madeira e de ferro, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ainda de acordo com a PRF, dois coletivos foram incendiados durante a briga e pelo menos sete cruzeirenses sofreram traumatismo craniano. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Anjo Gabriel, no município, e para a unidade hospitalar de Franco da Rocha.

Qual a situação dos acusados

Dos 20 denunciados, 16 permanecem presos e quatro seguem foragidos. Todos deverão responder pelo caso perante o Tribunal do Júri, instância responsável por julgar crimes dolosos contra a vida.