PT pede afastamento de relator em processo contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética
Líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, acusa Marcelo Freitas de parcialidade e diz que parlamentar já chamou deputado federal de "amigo"

Victória Melo
Márcia Lorenzatto
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolou uma petição à Mesa Diretora e ao Conselho de Ética nesta segunda-feira (29) para pedir o afastamento do relator do processo que pode levar à cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo o documento, o relator Marcelo Freitas (União Brasil-MG) não reúne condições de imparcialidade.
O texto afirma que o deputado chamou Eduardo de “amigo” em vídeo publicado em 2019 , quando declarou fidelidade irrestrita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendeu pautas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O PT cobra a substituição imediata do relator, entre os nomes sorteados para a função, que inclui os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP).
A legenda argumenta que a condução política do processo, somada às falas do presidente do Conselho de Ética, deputado Fabio Schiochet (União Brasil- SC), que já antecipou não enxergar quebra de decoro na conduta de Eduardo Bolsonaro, compromete a credibilidade do julgamento.
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Marcelo de Freitas já negou ter qualquer impedimento para a relatoria do caso. Disse que nunca teve uma relação de amizade com Eduardo.