"Tenho plena convicção", diz Kataguiri sobre apoio de partido para candidatura à prefeitura de São Paulo
Em entrevista ao SBT News, deputado federal afirmou ter apoio da maioria dentro do União
O deputado federal Kim Kataguiri afirmou, em entrevista ao SBT News, estar confiante em ser o nome escolhido pelo União para a disputa das eleições municipais em São Paulo.
"Há uma disputa dentro do partido. Tem, por exemplo, o presidente do partido, o Antonio Rueda, e o secretário-geral, ACM Neto, que apoiam a minha candidatura à prefeitura de São Paulo. Nós temos o vereador Milton Leite, aqui na cidade de São Paulo, que apoia a reeleição do Ricardo Nunes. Inclusive, devo me encontrar muito em breve com o vereador Milton Leite para que a gente organize as prévias do partido, para que a gente decida o apoio", disse.
"Eu tenho plena convicção que a maioria do partido, tanto na Executiva Nacional, na Executiva Estadual, no final das contas, a decisão será por ter uma candidatura própria, até para o partido passar a ter rosto, passar a ter voto no debate nacional, coisa que hoje não tem. Então, tenho plena convicção que, apesar dessa disputa interna no partido, não só vou ter a minha nomeação, como todos vão me apoiar. Inclusive, aqueles que hoje apoiam a reeleição do prefeito", completou o deputado.
Questionado se apoiaria o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), caso sua candidatura não seja aceita pelo União, Kim se esquivou.
"Não acredito que a minha retirada de candidatura beneficiaria o prefeito Ricardo Nunes. Pelo contrário. Poderia até mesmo atrapalhar os seus planos, porque o campo da direita ou da centro-direita poderia perder com a deputada Tabata (Tabata Amaral, pré-candidata pelo PSB), trazendo parte dos votos da juventude de centro-direita para a candidatura de Guilherme Boulos (pré-candidato pelo PSOL). Aí você me pergunta se eu apoiaria o Ricardo Nunes no segundo turno. Eu só trabalho com hipótese de eu no segundo turno".
Para Kim, Ricardo Nunes não é um candidato de direita, e está aproximando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por conveniência.
"Não só ele não é de direita, como ele próprio diz que é uma pessoa de centro, e foi base do governo Haddad na cidade de São Paulo, é sempre bom lembrar", afirma. "Isso só mostra que ele não é um sujeito de direita, só mostra que ele, na realidade, quando foi conveniente, esteve com o Haddad, e agora que é conveniente para ele, ele quer estar com Bolsonaro", completa o deputado.