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Tarcísio veta PL que cria programa de proteção a professor vítima de violência em escolas

Governador de SP argumentou que texto trata de temas que não são de competência do Legislativo

Imagem da noticia Tarcísio veta PL que cria programa de proteção a professor vítima de violência em escolas
Tarcísio chama greve de ilegal e abusiva: Não é só egoísmo, é irresponsabilidade (Marcelo S. Camargo/Governo de SP)
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou o projeto de lei que previa a criação do Programa de Proteção e Apoio ao Profissional da Educação Vítima de Violência. A proposta, rejeitada na quinta-feira (11), havia sido aprovada com unanimidade pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em fevereiro.

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De autoria do deputado estadual Carlos Giannazi (Psol-SP), o projeto cria ações de apoio psicológico para professores e funcionários vítimas de violência escolar. O programa garante o direito de afastamento imediato aos profissionais, sem desconto de salário ou benefícios, assim como atendimento médico e psicológico custeados pelo Estado.

Na decisão, Tarcísio argumentou que haveria uma sobreposição de objetivos do programa com os de outros já existentes. Como exemplo, o governador citou o Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), implementado para aumentar o acolhimento e segurança nas escolas, e o programa Psicólogos na Escola.

Tarcísio pontuou ainda que o texto trata de temas relativos ao servidor públicos, que não são de competência do Legislativo, mas do Executivo. “A propositura contém dispositivos que estabelecem comandos específicos destinados à Administração Pública, determinando ao administrador público o que fazer e como fazer, acabando por interferir no domínio exclusivo do Poder Executivo.”

Pelas redes sociais, Giannazi informou que irá mobilizar os deputados para derrubar o veto, uma vez que o projeto foi aprovado por unanimidade. “Tarcísio odeia os profissionais da educação. Seguiremos na luta para derrubar esse veto absurdo”, escreveu.

Violência nas escolas

O projeto foi apresentado por Giannazi em 2023 – ano em que o estado de São Paulo registrou dois ataques a unidades escolares. Um deles ocorreu em fevereiro, quando uma professora morreu após ser esfaqueada por um aluno de 13 anos, e outro em novembro, que resultou na morte de uma aluna de 17 anos, atingida por uma bala na cabeça.

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Em meio ao cenário, o Ministério da Justiça lançou uma operação integrada de segurança nacional no combate à violência nas escolas. A ação foi feita com profissionais de segurança pública, agências de inteligência e delegacias de crimes cibernéticos, que trabalharam para conter possíveis planos de ataque e prender suspeitos.

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