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Brasil registra 5 casos de ataques a escolas e creches em 10 dias

Especialistas explicam porque este tipo de violência passou a ser mais frequente no país

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ataque em escola de são paulo
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O massacre na creche de Blumenau, em Santa Catarina, nesta 4ª feira (05.abr), é o episódio mais recente de uma série de ataques que começou na manhã de 27 de março, quando um estudante de 13 anos matou a facadas uma professora, feriu outras três, além de um aluno, na capital paulista.

Desde então, a polícia registrou, em todo o país, dezenas de boletins de ocorrência de ameaças de agressão e denúncias de estudantes armados em escolas. Alguns conseguiram levar os planos adiante.

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Em Belém, um adolescente foi esfaqueado por outro estudante em frente à escola. O agressor ainda levava um canivete e uma machadinha na mochila.

Outro ataque a faca aconteceu em Souza, interior da Paraíba. Um aluno feriu um colega durante uma briga.

Em Caxias, no Maranhão, outro adolescente foi detido depois de invadir a escola com uma espingarda e disparar várias vezes. Por sorte, não atingiu ninguém.

A repetição de casos com o mesmo padrão após episódios marcantes de violência, segundo especialistas, não tem motivação única. Um dos fatores é o desejo dos agressores de chocar e chamar a atenção.

Em geral, esse comportamento é desencadeado em pessoas que já apresentam algum grau de psicopatia. "Essas situações podem motivar outras pessoas que têm pensamentos e comportamentos semelhantes. Então, quando isso passa a ser noticiado, e quando esse criminoso passa a ter, de certa forma, um certo destaque, pessoas que tendem a ter esse tipo de comportamento podem utilizar como exemplos a serem seguidos", explica a psiquiatra Luciana Farias.

Além de dar mais atenção à saúde mental, o consultor de segurança José Vicente da Silva acredita que uma alternativa seria a criação de um amplo programa de proteção para a rede de ensino.

"Vai desde a entrada, o acesso à escola através de catraca e uniforme, condição dos professores identificar comportamentos anômalos e perniciosos ao ambiente escolar e, naturalmente, a identificação da polícia, através de redes sociais, de ameaças que estejam em andamento para identificar e imobilizar essas pessoas de alguma forma", defende o especialista.

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