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Rio Grande do Sul confirma 8ª morte por leptospirose após enchentes

Mais 12 mortes estão em investigação; de 2.548 casos suspeitos da doença, 148 foram confirmados

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Enchentes atingem o Rio Grande do Sul há um mês | Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
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A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, na noite de sexta-feira (31), a oitava morte por leptospirose relacionada às enchentes no estado. A vítima é um homem de 31 anos, morador do município de São Leopoldo, que ficou muito tempo exposto à água contaminada. O resultado positivo da amostra foi confirmado após análise do Laboratório Central do Estado (Lacen-RS), em Porto Alegre.

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De acordo com informe epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS), mais 12 mortes estão em investigação. Ao todo, foram notificados 2.548 casos suspeitos da doença, sendo que 148 deles (5,8%) foram confirmados.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou lama em locais com enchente. O contágio pode ocorrer a partir do contato da pele ou de mucosas com a água contaminada.

Quais são os sintomas da leptospirose?

Os primeiros sintomas da leptospirose surgem de cinco a 14 dias após a contaminação. Os principais sintomas são:

  • febre
  • dor de cabeça
  • fraqueza
  • dores no corpo (em especial, na panturrilha)
  • calafrios
Atenção! Aos primeiros sintomas, procure um serviço de saúde imediatamente.
Leptospirose é transmitida por contato da pele ou mucosa com água contaminada | Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Leptospirose é transmitida por contato da pele ou mucosa com água contaminada | Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Outra característica marcante da doença, em alguns casos, é apresentar olhos vermelhos. Quadros mais graves ocorrem em aproximadamente 15% dos indivíduos, a partir da segunda semana, quando há aumento da produção de anticorpos. Os principais sintomas nesta fase são:

  • icterícia (pele e olhos amarelados)
  • insuficiência renal
  • alteração no nível de consciência
  • hemorragia
  • tosse seca e falta de ar, que podem indicar comprometimento dos pulmões

Como se prevenir em enchentes?

Em situações de inundação, o Ministério da Saúde recomenda as seguintes medidas de prevenção:

  • Cubra cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água;
  • Se possível, utilize botas e luvas para reduzir o contato com a água contaminada, ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;
  • Após as águas baixarem, retire a lama e desinfete pisos, paredes e bancadas com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos (sempre com a proteção de luvas e botas de borracha);
  • Não nade ou beba água doce de fonte que possa estar contaminada pela água da enchente;
  • Descarte alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água da inundação;
  • Trate a água antes do consumo, fervendo ou utilizando hipoclorito de sódio;
  • Caso seja profissional de saúde ou de resgate, use equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados;
  • Deixe a cozinha limpa, sem restos de alimentos, e retire as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer;
  • Mantenha o terreno limpo e evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais.
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