Brasil

Rio aposta em transporte sustentável com VLT, VLP e ônibus elétricos para reduzir poluição

Cidade investe em alternativas ecológicas de mobilidade urbana, enquanto Brasil lidera transição energética na América Latina

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Enquanto líderes globais discutem soluções para as mudanças climáticas em Belém, o Rio de Janeiro apresenta iniciativas práticas de sustentabilidade nos transportes. E algumas dessas ideias têm inspiração em modelos antigos, como os tradicionais bondes, que já foram o principal meio de transporte público da cidade.

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que circula pelo centro do Rio, opera com energia elétrica e conta com um sistema mais avançado que o de alguns países europeus. Em nove anos de operação, o VLT evitou a emissão de cerca de 50 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera — o equivalente à retirada de quase 100 mil carros das ruas.

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Agora, o VLT inspira um novo modelo: o VLP (Veículo Leve sobre Pneus), que deve substituir parcialmente o atual sistema de ônibus articulados movidos a diesel, o BRT. A Câmara de Vereadores já aprovou o projeto de lei para implantação do VLP, que deve começar a operar em aproximadamente quatro anos, por meio de uma parceria público-privada.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Caneiro, a escolha por pneus representa uma economia significativa, pois dispensa obras de instalação de trilhos. “Eles eventualmente podem circular no que a gente já tem construído, dos BRTs, com custos de adaptação muito menor”, explicou.

Enquanto isso, a cidade testa ônibus elétricos movidos a bateria em um trajeto de cerca de 30 quilômetros. Paulo Valente, diretor de comunicação da RioÔnibus, destacou os benefícios: “Não faz barulho, não tem o calor ali ao lado da perna do motorista, a viagem é bem mais confortável”.

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No entanto, o alto custo e a necessidade de infraestrutura específica, como estações de recarga, ainda são obstáculos. “Um ônibus elétrico custa de duas vezes e meia a três vezes mais que um convencional. Além disso, roda de 250 a 300 km, contra 600 a 700 km de um ônibus a diesel”, explicou Valente.

Essas mudanças exigem o envolvimento de toda a sociedade. O Brasil lidera a transição energética na América Latina, mas ainda há desafios pela frente. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a matriz energética brasileira, atualmente com 54% de fontes renováveis, deve alcançar 64% até 2050.

A Petrobras também aposta nos chamados combustíveis verdes. “Vamos cumprir todas as metas do Acordo de Paris. Vamos descarbonizar e investir em transição energética com muita pesquisa e desenvolvimento”, garantiu Chambriard.

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