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Reportagem do SBT fica no fogo cruzado em operação contra o Comando Vermelho no Rio

Repórter Lívia Mendonça e equipe foram surpreendidas por um tiroteio durante ação que mira núcleo financeiro da facção carioca

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A repórter Lívia Mendonça e a equipe de reportagem SBT foram surpreendidas por um tiroteio durante uma operação que mira o braço financeiro da facção criminosa Comando Vermelho, nesta quinta-feira (10), na comunidade Fallet-Fogueteiro, no Rio de Janeiro.

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Duas pessoas foram presas na ação conjunta entre as polícias de São Paulo e Rio de Janeiro. A ação mira um núcleo financeiro da facção carioca que movimentou, aproximadamente, R$ 6 bilhões em apenas um ano.

Ao todo, 46 mandados de busca e apreensão são cumpridos tanto na capital fluminense quanto em cidades do estado paulista.

Confusão durante a operação

Durante a operação, um blindado da polícia fez uma manobra errada e colidiu com um carro. Ao dar marcha a ré, atingiu o veículo novamente. Moradores criticaram a ação: "Fizeram o rapaz sair da van pra coagir ele, entendeu? A sorte é que estava todo mundo aqui na varanda já. Isso é de morador, gente que acorda cedo pra poder ir trabalhar. O nome disso aqui é esculacho", relatou um morador.

Na mesma colisão, uma van escolar ficou bastante danificada. A proprietária do veículo também criticou a abordagem policial: "A polícia tem que parar de agir dessa forma. Isso é loucura!".

Uma mulher, que era alvo da operação, foi detida e levada pelos agentes. Com ela, foram encontrados oito celulares roubados. Um homem também foi preso. Além disso, foram apreendidos uma moto, máquinas de cartão de crédito e outros celulares.

Houve troca de tiros na saída dos policiais, causando correria entre os moradores, que usaram carros como proteção.

Qual foi o objetivo da operação?

De acordo com a investigação, o núcleo do Comando Vermelho investigado tem ligação direta com o PCC, em um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

O dinheiro ilegal era lavado por meio de uma rede estruturada que inclui bancos digitais, fintechs, intermediadores de pagamentos, empresas de fachada e plataformas contábeis. As movimentações eram ocultas e sem autorização do Banco Central (BC).

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O inquérito policial aponta que esse montante era utilizado para financiar disputas territoriais em comunidades da zona oeste fluminense.

Tiago Ferreira dos Santos, um dos alvos, foi preso em São Paulo. Ele é acusado de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de dívidas, uso de documentos falsos e operação de instituição financeira ilegal. Tiago é apontado como um dos principais integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua em São Paulo.

Agentes de segurança de outros estados também participaram da ação. Na última terça-feira (8), policiais já haviam mirado comunidades da Zona Oeste do Rio, incluindo a Gardênia Azul.

As investigações revelaram o uso de bancos digitais e empresas de fachada no esquema de movimentação financeira do tráfico.

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