Relatório sobre liberação de armas pelo Exército a condenados não deve responsabilizar militares
Documento sigiloso do TCU apontou que mais de 5,2 mil licenças de CACs foram emitidas a pessoas que respondem por crimes
A edição desta terça-feira (5) do Brasil Agora repercutiu reportagem do SBT News sobre liberação de armas pelo Exército Brasileiro a condenados por crimes. O jornalista Leonardo Cavalcanti apurou que o relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou essas emissões, ocorridas entre 2019 e 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não deve responsabilizar militares.
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"Esse relatório do TCU aponta para incapacidade do Exército de fiscalizar e controlar armas, algo que a gente já sabia e está detalhado nele. O relatório apresenta uma série de recomendações. O que apurei com pessoal do TCU, ministros e procuradores: [o relatório] não vai avançar para além das recomendações. Porque não vai responsabilizar, de fato, quem deveria ser responsabilizado", comentou o jornalista.
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Matéria publicada nessa segunda (4) mostrou que EB concedeu licenças de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) a pelo menos 5,2 mil pessoas que respondem por crimes como tráfico de drogas e homicídio.
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"Pelo histórico do TCU, segundo fontes me falaram, esse relatório não deve avançar na política do tribunal contra os militares. Lembrando que o ministro da Defesa é José Múcio, que foi presidente do Tribunal de Contas", lembrou Cavalcanti.