Transferência de Fernandinho Beira-Mar: entenda rodízio de presos em penitenciárias federais
Uma das principais lideranças do Comando Vermelho estava em Mossoró (RN) desde janeiro, após transferência de Campo Grande (MS)
Fernandinho Beira-Mar e outros 22 detentos foram transferidos do presídio federal de Mossoró (RN) para a unidade de Catanduvas (PR). A medida ocorreu em meio às buscas pelos fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça, que escaparam de Mossoró em 14 de fevereiro. O repórter Ricardo Brandt, do SBT News, explicou como funciona esse rodízio em participação no programa Brasil Agora desta terça-feira (5).
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"Existem procedimentos padrões. Deibson e Rogério, os que fugiram, e o Beira-Mar chegaram a Mossoró no início de ano, em janeiro, num desses rodízios que são padrões. De tempos em tempos, vão mudando, vão fazendo rodízio pra haver uma quebra de regularidade nos presos", comentou Brandt, em conversa com o apresentador Murilo Fagundes e a comentarista Iasmin Costa.
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O jornalista explicou que existem outras ações de rotina nas penitenciárias federais, como triagens.
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"Na semana passada, sem muito alarde, na unidade federal de Brasília, a última a ser construída, foi feita triagem com cães K9, que farejam não só drogas, mas bombas e pessoas desaparecidas. Entraram lá com sete cães e isolaram as celas, exatamente pra procurar celulares, drogas, algum explosivo. E o resultado foi nada. Acharam nada. É um reforço feito constantemente", descreveu.
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O jornalista ainda destacou as diferenças entre unidades prisionais estaduais e federais.
"Nas estaduais, presos têm acesso a banho, comunicação. Nas federais, não existe isso. Há muito sobra de espaço e policiamento. É exatamente esse sistema federal que vem gerando tanta reclamação e reação das facções, porque presos que antes ficavam nos estaduais, onde era mais fácil acesso a facções externas e ao crime fora dos presídios, perderam esse canal de comunicação", finalizou.