Quase metade dos afogamentos no Brasil é registrado entre dezembro e março
Submersão também é a principal causa de morte de crianças de até 4 anos em todo o país
Pâmela Marinho
Com a estação mais quente do ano, a diversão de crianças está sempre em pauta. Calor, água, mar ou piscina são atrativos para os pequenos e, por isso, exigem atenção redobrada. No Brasil, quase metade dos afogamentos é registrado entre dezembro e março. Esta é a principal causa da morte de crianças de até 4 anos de idade. Metade desses casos fatais ocorre dentro de casa.
+ Temporal no Rio Grande do Sul deixa 1 morto e 10 feridos
No Ceará, o afogamento de um menino na piscina de um condomínio acendeu o alerta para as regras de segurança que devem ser cumpridas em áreas de lazer de prédios residenciais. Por lei, todos os condomínios precisam instalar dispositivos de segurança nas áreas de piscina.
Entre os itens obrigatórios, estão grades de proteção, de forma a dificultar a entrada de crianças pequenas. A indicação com placa da profundidade da piscina também é obrigatória, bem como as escadas de acesso.
As regras e dispositivos de segurança variam de prédio para prédio. Em um deles, na capital Fortaleza, menores de 12 anos não podem circular em áreas comuns desacompanhados dos pais ou responsáveis. As normas, porém, nem sempre são respeitadas pelos moradores, com descumprimentos que podem gerar advertências e multas.
Em outro prédio, um menino de 1 ano e 10 meses estava na área de lazer com adultos. Em um momento de distração, porém, o pequeno saiu do local e entrou sozinho na piscina do prédio. Ele se afogou e chegou a passar mais de dois minutos submerso.
O menino foi resgatado por um policial militar que estava no local. O agente fez os procedimentos de primeiros socorros e conseguiu reanimar a criança.
Segundo o Ministério da Saúde, de 2013 a 2022, o Ceará registrou 255 vítimas de afogamento menores de 9 anos de idade. Em 2022 foram 30 casos, sendo 7 em Fortaleza.