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Brasil

Prisão de motorista suspeito de abuso de menores acende alerta de pais que contratam serviço

Caso destaca a importância de escolher bem profissionais que transportam crianças e adolescentes e estar atento aos sinais de perigo

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A polícia de São Paulo prendeu, na última sexta-feira (6), um motorista de aplicativo suspeito de abusar de menores que transportava para famílias de um condomínio de luxo em Barueri, região nobre da Grande Paulo. Ele é suspeito de enviar conteúdo pornográfico para adolescentes, além de tocar nas partes íntimas dos menores.

O caso acendeu o alerta para pais que costumam contratar esse tipo de serviço, comum nas grandes cidades. Por causa do trabalho e outros compromissos, alguns pais acabam contratando motoristas de aplicativo que passam a atuar como motoristas "quase particulares", para levar os filhos às atividades diárias, como escola, cursos e esportes.

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Mas é importante estar atento na hora de contratar esse tipo de serviço para não colocar as crianças em risco, buscando referências sobre o motorista. Além disso, é importante orientar as crianças e adolescentes para para reconhecer situações em que limites foram ultrapassados.

"A gente tem que preparar as crianças e explicar pra elas: o que que não pode, o cuidado com o próprio corpinho, onde as pessoas não podem tocar. A gente precisa, eu tomo muito cuidado em não expor as crianças, mas a gente precisa falar sobre intimidade, né?", afirma a a psicóloga Sirlene Ferreira.

As famílias também devem estar atentas à alguns sinais que algo está errado.

"Buscam a cama da mãe e do pai, como refúgio, na noite, na madrugada. Passam a não querer estar naquele lugar. ‘Eu não quero mais ir pra escola’, ‘não quero entrar naquele carro’, ‘não quero mais ir na casa daquele tio’. Essa criança passa, de pequenos detalhes, a demonstrar uma ansiedade exacerbada, roer unha, ou ficar sempre com uma coceira", completa a psicóloga.

Daniela Nakano trabalha longe de casa, e precisou contratar os serviços de uma motorista profissional para levar a filha Letícia, uma adolescente de 13 anos, para atividades diárias. Daniela nunca teve problemas com o serviço que considera essencial.

"Eu pesquisei bastante. Não é fácil. Segurança a gente não negocia. Então, foi muita indicação de pessoas bem próximas que já utilizavam esse tipo de serviço", relata Daniela.

A mãe se tranquiliza ao receber fotos da filha chegando em casa ou nas outras atividades. Já Luiza Pereira, que atua como motorista, afirma que é um bom negócio.

“Já teve épocas de transportar 6 crianças por semana. Dá para fazer uma renda entre 6 mil e 8 mil reais por mês”, conta.

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