Prefeitura do Rio inicia demolição de casarão que desabou no Centro
Imóvel já apresentava riscos há anos; um homem morreu e outro ficou ferido no desabamento

Fabiano Martinez
A Prefeitura do Rio de Janeiro começou a demolir, nesta sexta-feira ( 21/03), o que restou do casarão que desabou no centro da cidade. O acidente, ocorrido no dia anterior, deixou um morto e um ferido.
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O desabamento atingiu um depósito de bebidas ao lado do imóvel. Funcionários passaram a manhã tentando retirar as mercadorias que restaram. A proprietária, Maria José, contou que estava no local no momento da queda e escapou por pouco. Segundo ela, parte do sobrado já havia desmoronado há três anos.
A Rua Senador Pompeu continuou interditada pela Defesa Civil. Por isso, equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) aguardaram para continuar a remoção dos escombros. Por volta das 9h30, trabalhos foram retomados.
Momento do desabamento
Imagens gravadas logo após o acidente mostram a área coberta de poeira e destroços espalhados pelo chão. Uma moto pegou fogo e um carro foi atingido pelos escombros. Dentro do veículo estava Marcos Vinícius Nascimento, de 37 anos, que morreu no local.
Bombeiros trabalharam intensamente nas buscas e usaram cães farejadores para verificar se havia mais vítimas sob os escombros. Técnicos da Defesa Civil, agentes da Guarda Municipal, operadores da Light e agentes da CET-Rio também foram acionados.
Imagens de drones revelaram o cenário de destruição e mostraram veículos estacionados que também foram destruídos.
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Denúncias e investigação
O comerciante Alexandre Flores, que tem uma loja em frente ao casarão, relatou que já havia denunciado os riscos à prefeitura, mas nenhuma providência foi tomada. "Já fiz duas reclamações e moradores mais antigos da rua também. Agora eles vão agir, mas ninguém vai trazer de volta a vida daquela pessoa que morreu", desabafou.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Na manhã desta sexta, familiares de Marcos Vinícius compareceram ao Instituto Médico Legal (IML) da Leopoldina para fazer a liberação do corpo.
Em meio ao trabalho de remoção dos destroços, a comerciante Maria José se emocionou ao encontrar sua gata de estimação, que ficou soterrada, mas foi resgatada com vida.