Polícia Federal: há 5.589 inquéritos sobre questões ambientais; 32 diretamente relacionados a incêndios
Nesta conta, entra o pedido do Governo Federal para que se investigue o ocorrido no interior paulistano dos últimos dias
Após o Governo Federal solicitar que a Polícia Federal (PF) investigue os incêndios dos últimos dias no interior paulistano, a Força informou que tem 5.589 inquéritos tramitando sobre temáticas ambientais, sendo 32 diretamente relacionados às chamas na Amazônia, Pantanal (29) e no estado de São Paulo (3), iniciados entre os anos de 2023 e 2024. “A PF está empenhada em identificar não apenas os autores materiais, mas também os possíveis mandantes”, afirmou em nota divulgada nesta terça-feira (27).
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No domingo (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma reunião com ministros e dirigentes do Ibama e ICMBio, no Prevfogo, em Brasília. O petista afirmou que há pessoas colocando fogo propositalmente nas localidades apontadas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que ações criminosas serão punidas com todo o rigor da lei.
Uma das pessoas detidas, suspeita de envolvimento com as queimadas, teria confessado que o ato teria sido ordem do PCC, a facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que 15 delegacias no interior paulista e a superintendência regional da PF no estado participam das investigações.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), agosto de 2024 registrou, sozinho, mais incêndios do que os anos de 2022 e 2023 somados. Até o momento, foram registradas 3.482 queimadas em São Paulo. A Defesa Civil do estado afirmou que não há mais focos ativos de incêndio no estado. Contudo, 48 cidades continuam em alerta máximo para queimadas.
Em perícias especiais, não apenas avaliarão o dano direto causado pelos incêndios e o custo de recuperação das áreas afetadas, mas também calculam os serviços ecossistêmicos — benefícios que os seres humanos obtêm da natureza, direta ou indiretamente — que deixam de ser prestados devido à devastação, como a qualidade do solo para possível atividade agrícola de comunidades nativas.