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Brasil

Polícia Civil desarticula organização criminosa que promovia crimes de ódio e abuso contra menores na internet

Operação Adolescência Segura cumpre mandados em sete estados e revela esquema envolvendo desafios violentos e pornografia infantil

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A Polícia Civil do Rio em conjunto com a polícia civil de mais outros sete estados, desarticulou uma mega organização criminosa que praticava crimes de ódio contra crianças e adolescentes na internet. A ação, batizada de "Operação Adolescência Segura", foi realizada nesta terça-feira (15).

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Agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), no Centro do Rio, atuam para desmantelar uma das maiores redes de crimes virtuais contra menores do país.

Mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. Até o momento, três menores foram apreendidos em Balneário Piçarras, Santa Catarina.

De acordo com as investigações da DCAV, o grupo criminoso se organizava por meio de plataformas online, com suporte a conversas em grupo e transmissões ao vivo. Nesses ambientes, eram promovidos desafios e competições entre os menores, com conteúdos marcados por discursos de ódio.

Entre os crimes investigados estão tentativa de homicídio, induzimento ao suicídio, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo, além do armazenamento e divulgação de pornografia infantil.

A investigação teve início no dia 18 de fevereiro deste ano, após um adolescente atacar um morador de rua com coquetéis molotov, provocando queimaduras em 70% do corpo da vítima. Toda a ação foi filmada por Miguel Felipe, maior de idade, que transmitia o ataque ao vivo. A vítima aparece em desespero tentando apagar as chamas enquanto os agressores fogem. Os envolvidos foram localizados pela polícia dias depois.

Em março, Gabriel Utrini, de 24 anos, foi preso por suspeita de envolvimento em um plano semelhante, também com uma possível vítima em situação de rua. O ataque estava sendo planejado pela internet e seu computador foi apreendido.

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Já em julho de 2023, Pedro Ricardo Conceição da Rocha, então com 19 anos, foi preso por utilizar uma plataforma online, comum entre jogadores, para cometer crimes. Segundo a polícia, adolescentes eram chantageadas e abusos sexuais virtuais eram transmitidos ao vivo para membros de um grupo do qual Pedro seria um dos fundadores. Ele foi condenado por associação criminosa, estupro de vulnerável e corrupção de menores.

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