Petrobras foi pega de surpresa por pedido do Ibama de mais informações sobre Foz do Amazonas, diz CEO
Segundo Magda Chambriard, a petroleira terá que contratar uma nova sonda caso a licença para o poço não seja concedida até o dia 22 de outubro

Reuters
A Petrobras foi pega de surpresa com a decisão do órgão ambiental federal Ibama de pedir mais informações no âmbito do processo de licenciamento para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, afirmou a presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta terça-feira (14).
Segundo a executiva, a petroleira terá que contratar uma nova sonda caso a licença para o poço não seja concedida até o dia 22 de outubro, uma vez que o contrato do equipamento que está de prontidão no local irá expirar.
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"Espero que no dia 16 tenhamos autorização para perfuração", disse Chambriard durante evento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A executiva adicionou que a sonda já contratada que está de prontidão é "rara no mundo" e custa R$ 4,2 milhões por dia.
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O pedido de mais informações do Ibama ocorreu após um novo parecer técnico do órgão, anexado ao processo na segunda-feira, apontar que ainda há "pendências e incertezas" quanto às informações apresentadas pela Petrobras nos planos de Emergência Individual e de Proteção à Fauna.
O Ibama aprovou um teste de resposta a emergências realizado pela Petrobras em agosto, mas solicitou ajustes antes de decidir sobre a concessão da licença. A petroleira respondeu em 26 de setembro.
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A Petrobras busca há anos uma licença para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, em região onde a indústria petroleira acredita ser possível haver grandes reservas capazes de abrir uma nova fronteira exploratória.
Entretanto, a área tem enormes desafios socioambientais e sua exploração enfrenta forte resistência de grupos da sociedade e até mesmo de parte do governo federal.