Parada do Orgulho LGBT+ em SP deve reunir 3 milhões de pessoas
Faturamento do comércio prevê aumento de 10% e evento deve movimentar quase meio bilhão de reais
O domingo (2) na mais paulista das avenidas será marcado pela 28ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo. A expectativa é de um público de mais de três milhões de pessoas, vindos de todos os cantos do país.
+Pesquisa aponta que 'Paradas do Orgulho LGBTQIA+' são importantes para 70% dos brasileiros
O evento, considerado o maior do mundo, aproveita nesta edição o feriado prolongado de Corpus Christi, atraindo turistas e movimentando ainda mais a economia da cidade. Pelo menos um milhão de pessoas vindas fora de São Paulo chegaram antes para curtir a capital. O resultado são casas noturnas, bares e restaurantes lotados desde a última quinta-feira (30).
A previsão é um aumento de 10% no faturamento do comércio quando comparado a um feriado normal. Estabelecimentos também devem registrar um movimento ainda maior, chegando a quase 70%.
Quanto mais de longe, maior o gasto do turista
A Parada terá grandes atrações, como Gloria Groove e Pablo Vittar. A Prefeitura da capital estima que o evento deve movimentar quase meio bilhão de reais – R$ 470 milhões - e, por isso, é um dos eventos mais aguardados pelo setor de turismo da cidade.
Segundo Gustavo Jarussi, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis, "de quanto mais longe vem a pessoa desfrutar do evento, mais é o valor médio que ela gasta na cidade. Quando ele já vem de fora do estado a média é de R$ 1,7 mil e, quando ele vem de fora do país, é de R$ 2,9 mil por pessoa”.
Um hotel na região central de São Paulo tem 250 quartos, todos ocupados após a venda de pacotes especiais para o público que irá à Parada. O evento, porém, vai além dos lucros e da alegria: segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva, 67% dos brasileiros acreditam que eventos de diversidade são importantes na luta contra o preconceito.
Em 2024, ano de eleições municipais em todo o país, a Parada terá como tema “Basta de negligência e retrocesso legislativo – Vote consciente por direitos da população LGBT+”.