Pai de menina morta eletrocutada em condomínio vai à Justiça: “Foi um crime”
Família acusa condomínio de negligência após tragédia com fios desencapados em área acessível a crianças

Rodrigo Garavini
A dor da despedida se mistura à revolta para os familiares e amigos de Geovanna Rodrigues da Silva, de 12 anos. Para eles, a menina não morreu em um acidente, mas foi vítima de um crime.
Geovanna foi eletrocutada enquanto brincava de esconde-esconde no condomínio onde morava, em Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Durante a brincadeira, ela se escondeu em um corredor onde havia fios desencapados da casa de máquinas da piscina. Sem barreiras de proteção no local, a menina tocou nos fios e sofreu uma descarga elétrica fatal.
O pai, Lindomar Rodrigues Elias, afirma que o problema já havia sido comunicado à administração do condomínio, mas nada foi feito. “Foi um assassinato, foi uma negligência, foi um crime o que fizeram com a minha filha”, desabafou.
Segundo a família, os amigos de Geovanna perceberam sua ausência e avisaram os parentes. Moradores se mobilizaram para procurá-la e, cerca de duas horas depois, encontraram a menina inconsciente no chão. Ela foi levada ao hospital, mas não resistiu.
+ Menina de 11 anos morre após cair do 8º andar de prédio na zona leste de São Paulo
O corpo de Geovanna foi enterrado na manhã desta quinta-feira (6) no Cemitério Parque dos Girassóis, em Parelheiros, na Zona Sul da capital. Diante da tragédia, Lindomar promete buscar Justiça. “Isso não pode ficar impune”, declarou.