Operação da PRF mira suspeitos de fabricar e vender rebite em 4 estados
Droga sintética é utilizada por caminhoneiros para inibir o sono e permitir a realização de longas horas de viagem
Emanuelle Menezes
A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público de Goiás (MPGO) tentam prender, na manhã desta terça-feira (10), 28 pessoas envolvidas na fabricação e na venda de rebite e em lavagem de dinheiro. Outros 60 mandados de busca e apreensão são realizados em 12 cidades de Goiás, Tocantins, Bahia e São Paulo.
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De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPGO, os criminosos produziam e comercializavam anfetaminas, popularmente conhecidas como "rebites". Essa droga sintética é utilizada por caminhoneiros para inibir o sono e permitir a realização de longas horas de viagem.
A atividade criminosa não se limitava à produção e venda de drogas. Segundo o Gaeco, empresas e contas bancárias eram utilizadas pelos líderes da quadrilha para movimentar valores milionários. Assim, era possível adquirir insumos (produtos químicos, máquinas e blisters para produção das drogas) e lavar capitais, disfarçando o dinheiro obtido com a comercialização dos rebites em compras de veículos, residências, fazendas e até mesmo criptoativos.
24 mandados de prisão preventiva, 4 de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de: Goiânia (GO), Goianira (GO), Trindade (GO), Anápolis (GO), Ceres (GO), Mara Rosa (GO), Campinorte (GO), Uruaçu (GO), Porangatu (GO), Talismã (TO), Luiz Eduardo Magalhães (BA) e Salto (SP). Também foi cumprido um mandado de prisão contra um homem que já estava detido na Unidade Prisional Regional de Nova Crixas (GO).
268 policiais rodoviários federais e 96 integrantes do MPGO participaram da Operação Ephedra. Cães farejadores, treinados para localizar entorpecentes, também estiveram presentes.
