Operação da PF mira suspeitos de fraudes no CNU 2024 e em outros concursos públicos
Força-tarefa Última Fase cumpriu mandados, incluindo três de prisão preventiva, e afastou investigados de cargos públicos; MGI deu apoio à ação policial

Felipe Moraes
A operação Última Fase, da Polícia Federal (PF), mirou nesta quinta-feira (2) esquema criminoso suspeito de cometer fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024, conhecido como "Enem dos concursos", e em outros processos seletivos. Três pessoas foram presas de forma preventiva. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) deu apoio à ação policial.
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Segundo a PF, investigações apontaram fraudes na primeira edição do CNU, realizada ano passado, e em concursos da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, das Polícias Civis de Alagoas e Pernambuco e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Além dos mandados de prisão, agentes federais cumpriram 12 ordens judiciais de busca e apreensão e medidas cautelares, incluindo afastamento de cargos públicos e sequestro de bens. Força-tarefa atuou nos estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco. O Ministério Público Federal (MPF) na PB auxiliou ações.
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Ainda de acordo com a Polícia Federal, investigados por burlar provas foram excluídos de processos seletivos e afastados de cargos públicos. Suspeitos poderão responder por crimes de fraude em certame de interesse público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público.
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A PF reforçou que vem atuando em conjunto com Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e MGI para "ampliar mecanismos de fiscalização para garantir maior segurança, transparência e integridade nos processos seletivos realizados em todo o país".