Oficial da Marinha é condenado a 80 anos por matar pais do ex-namorado no Rio
Sentença prevê indenização a familiares e perda do cargo militar após crime motivado por vingança, segundo a Justiça

SBT Brasil
O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou nesta quinta-feira (11) o oficial da Marinha Cristiano da Silva Lacerda a 80 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato dos pais do ex-namorado. A investigação concluiu que o crime, ocorrido em 24 de junho de 2022, foi motivado por vingança pelo fim do relacionamento.
A juíza Tula Corrêa de Mello também determinou que Cristiano da Silva pague R$ 200 mil por danos morais para cada filho das vítimas e decretou a perda do cargo do réu na Marinha.
Geraldo Coelho, de 73 anos, e Osélia Coelho, de 72, foram mortos a facadas no apartamento onde moravam, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro.
Na sentença, a magistrada destacou que a posição do acusado como capitão de fragata agrava o caso. Segundo ela, militares possuem responsabilidade ética e social elevada, o que torna a conduta ainda mais reprovável.
“Por ser servidor público das Forças Armadas, o acusado deveria utilizar seus ensinamentos militares em prol da sociedade e não contra iguais, tirando a vida de dois idosos a facadas”, afirmou a juíza Tula Corrêa.
Relembre o caso
O casal foi morto pelo ex-namorado do filho deles, o capitão de fragata da Marinha do Brasil, Cristiano da Silva Lacerda, em um prédio de luxo, no Jardim Botânico, zona sul do Rio.
O filho dos idosos mortos, Felipe da Silva Coelho, um professor de inglês e influenciador digital, estava separado de Cristiano há cerca de 2 meses antes do crime. Felipe afirmou que foi agredido com socos pelo militar e, por isso, não queria mais a relação.

Os pais de Felipe estavam visitando o filho desde o dia 17 de junho de 2022. Em depoimento, ele disse que tinha saído na noite de 24 de junho para ir ao bairro Ipanema, também na zona sul da cidade, e que no início da madrugada recebeu uma ligação de Cristiano, totalmente descontrolado, dizendo que a mãe dele passava mal e que era para ele voltar para casa.
Assim que chegou no apartamento, Felipe encontrou os pais mortos, deitados em um sofá-cama. A Polícia Civil informou que depois de Cristiano ter cometido o crime, o oficial da Marinha se escondeu dentro de um baú, onde foi encontrado pelos policiais.
A polícia informou ainda que no apartamento foram encontradas bebidas, remédios controlados e receitas em nome de Cristiano.









