Nunes volta a pedir rescisão do contrato com a Enel após novos apagões em SP
Prefeito criticou serviço da concessionária e defendeu punição "em nome da população"
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a criticar a Enel pelos recentes apagões registrados na capital. Em coletiva nessa quinta-feira (21), o político insistiu na rescisão imediata do contrato com a concessionária de energia elétrica, pedindo ações dos órgãos federais. Segundo ele, a empresa deve ser punida em nome da população.
+ Sem luz: Centro de São Paulo tem nova queda de energia
"Uma senhora veio me cobrar na padaria o porquê de ela estar sem energia elétrica. Eu tentei explicar que eu não tenho o que fazer do ponto de vista de multar, autuar, de tirar ela daqui, porque isto só cabe aos órgãos federais. A Prefeitura e outros municípios precisam ter algum tipo de ferramenta para defesa dos seus munícipes", disse Nunes.
O atrito entre a prefeitura e a Enel vem desde novembro do ano passado, quando cerca de 280 mil pessoas ficaram sem luz devido aos temporais que atingiram a cidade. O fornecimento do serviço de energia levou até uma semana para ser normalizado pela concessionária, resultando em diversos prejuízos para moradores e comerciantes.
Em meio à revolta da população, Nunes pediu a suspensão da concessão da Enel para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dizendo que a situação na capital era grave. "O problema é grave e não é só pela falta de resposta mais recentemente. Eles precisam melhorar muito e nós entramos na Justiça", disse Nunes, na época.
+ Mulheres viajam 8 horas e não são atendidas por conta de apagão em SP
Os novos apagões, registrados desde a última semana em diversas partes da capital, fizeram a prefeitura acionar novamente a Aneel e o Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Enel, alegando "falta de respeito" da empresa com os moradores. A concessionária também foi notificada pelo Procon-SP, que pediu esclarecimentos sobre a interrupção do serviço.