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Brasil

Nova espécie de réptil pré-histórico pode ajudar a desvendar origem dos dinossauros

Nova espécie foi descoberta após pesquisa com fóssil do museu da UFRGS

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Fóssil encontrado há 20 anos no Rio Grande do Sul pode ajudar a desvendar origem dos dinossauros. | Reprodução/UFGRS
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Pesquisadores brasileiros e argentinos identificaram uma nova espécie de réptil pré-histórico que pode ser uma das linhagens mais antigas dos dinossauros. O Itaygura occulta viveu há cerca de 237 milhões de anos no atual território do Rio Grande do Sul.

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Com cerca de um metro de comprimento, bico na mandíbula e membros longos, o animal pertence ao grupo dos silessauros, répteis que viveram na era da Pangeia – quando os blocos que hoje formam os continentes ainda eram um único território – e que teriam se alimentado inicialmente de carne e, com o tempo, também de vegetais.

Características únicas de fóssil do Rio Grande do Sul aponta para uma nova espécie. | Reprodução/UFGRS
Características únicas de fóssil do Rio Grande do Sul aponta para uma nova espécie. | Reprodução/UFGRS

"O que o nosso artigo aponta é que temos animais mais antigos, que também podem ser dinossauros, entre eles o Itaygura, essa nova espécie", explicou Voltaire Paes Neto, pesquisador do Museu Nacional da UFRJ. "Eles são animais mais modestos, com um metro de comprimento."

O nome Itaygura occulta une palavras em tupi que significam "ave" e "oculta", uma alusão à aparência do fóssil e ao fato de os fragmentos estarem escondidos sob fósseis de outros animais. As peças estavam armazenadas no Museu de Paleontologia da UFRGS e foram encontradas há mais de 20 anos em Santa Cruz do Sul, a duas horas de Porto Alegre.

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"É uma morfologia única. Não conseguimos relacioná-la a espécies já conhecidas. Por isso, damos um nome novo, com características suficientes para ser diagnosticada como uma nova espécie", afirmou Paes Neto.

A descoberta ganhou projeção internacional por ajudar a preencher lacunas na evolução dos primeiros dinossauros. "O registro fossilífero é como um quebra-cabeça com poucas peças. O Rio Grande do Sul tem contribuído muito, especialmente nos estudos sobre a origem dos dinossauros e dos mamíferos", destacou Heitor Francischini, paleontólogo da UFRGS.

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