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Brasil

Mulher é condenada a 20 anos de prisão por morte de vítima de 'Boa Noite, Cinderela'

Claudia Mayara, que estava presa desde março deste ano, foi acusada de dopar turista colombiano no Rio de Janeiro

Imagem da noticia Mulher é condenada a 20 anos de prisão por morte de vítima de 'Boa Noite, Cinderela'
Claudia Mayara era apontada pela Polícia Civil como chefe de uma das maiores quadrilhas de 'Boa Noite, Cinderela' do Rio | Reprodução
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou uma mulher a 20 anos e 10 dias de prisão pela morte do turista colombiano Manuel Felipe Martinez Mantilla. O estrangeiro foi vítima do golpe conhecido como "Boa Noite, Cinderela", em outubro do ano passado.

Claudia Mayara Alves Soliva estava presa desde março deste ano e era apontada pela Polícia Civil como chefe de uma das maiores quadrilhas especializadas no golpe na capital fluminense. Ela foi acusada de colocar o medicamento Clonazepam na bebida do turista, que passou mal e morreu no Hospital Geral de Bonsucesso, para onde foi levado por um motorista de aplicativo.

+ Mulher é presa no Rio por aplicar golpe 'Boa noite, Cinderela' em turistas

A sentença, da juíza Camila Rocha Guerin, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, destaca que "o lastro probatório produzido é robusto e cristalino em demonstrar o evento delitivo praticado pela acusada".

Segundo a denúncia, a mulher conheceu Manuel Mantilla, de 33 anos, na Pedra do Sal, no Centro do Rio, e o atraiu para beber em um bar do Parque União, no Complexo da Maré, onde o crime ocorreu. Ela roubou o cartão de crédito do colombiano e, com ele, fez cerca de oito compras – inclusive de um celular, com o qual posou para fotos no Instagram.

Manuel Mantilla era assessor do Ministério da Fazenda da Colômbia | Reprodução
Manuel Mantilla era assessor do Ministério da Fazenda da Colômbia | Reprodução

Após o golpe, Claudia chamou um carro de aplicativo para levar o turista do Parque União até Copacabana. O motorista, que percebeu que o colombiano estava passando mal e desmaiou ao ser colocado no carro, disse para a mulher e uma amiga dela que o levaria ao hospital. Ela respondeu que não poderia acompanhá-lo, pois tinha que levar o filho ao colégio.

Ainda segundo o motorista, o turista morreu cerca de 40 minutos depois de ser internado. Os médicos chamaram a polícia e, na delegacia, o profissional reconheceu Claudia como a mulher que solicitou o carro de aplicativo.

Em sua defesa, Claudia alegou que o cartão de crédito do turista foi roubado por uma amiga, conhecida por Maria Aparecida, mas admitiu que o utilizou para fazer compras. Ela foi condenada a 20 anos e 10 dias de prisão, em regime fechado, pelo crime de latrocínio – que é o roubo seguido de morte.

Manuel Mantilla era assessor do Ministério da Fazenda da Colômbia e doutorando do programa de Desenvolvimento Econômico do Instituto de Economia da Unicamp, em São Paulo.

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