MPF instaura investigação sobre possíveis danos ambientais ao Rio Tocantins após queda de ponte
Estrutura desabou no domingo (22); quatro pessoas morreram e 13 estão desaparecidas
Lara Curcino
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para investigar se o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), causou danos ambientais ao Rio Tocantins, sobre o qual a estrutura está situada, e à região.
A tragédia aconteceu no domingo (22) e deixou quatro mortos, além de 13 pessoas desaparecidas, segundo a última atualização do Corpo de Bombeiros. O MPF vai apurar também as causas do desabamento e os responsáveis.
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Os possíveis prejuízos ao meio ambiente teriam relação com caminhões carregados de ácido sulfúrico e agrotóxicos, que passavam pela ponte no momento do rompimento da estrutura e caíram no rio.
Na terça-feira (24) à noite, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, usou as redes sociais para comunicar que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu um parecer técnico afirmando não haver risco de contaminação das águas do Rio Tocantins.
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Ainda assim, o MPF solicitou que a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão e o Ibama enviem equipes para inspecionar a área do desastre. O órgão ainda pediu que, caso necessário, seja coletado material para examinar as condições da água, o isolamento de locais contaminados e, ainda, o apontamento de providências para conter uma eventual poluição.
O Ministério Público também encaminhou um requerimento à Companhia de Saneamento do Maranhão (Caema) para obter informações sobre as condições da água fornecida pela empresa após o acidente e se a queda comprometeu o abastecimento na região.