Moraes vota para tornar Léo Índio réu por participação no 8 de janeiro
Ele foi denunciado pela PGR em janeiro; ministro relator afirma que suspeito "instigou e colaborou ativamente" para o 8/1
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Ellen Travassos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, "instigou e colaborou ativamente" para os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O relator do caso votou para que a Corte aceite a denúncia contra o suspeito.
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Léo Índio foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento nos ataques dos atos antidemocráticos. A acusação abrange cinco crimes: tentativa de golpe de Estado; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; associação criminosa; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; deterioração de patrimônio tombado da União.
O recebimento da denúncia é julgado pela Primeira Turma do STF em ambiente virtual. A sessão de julgamento começou às 11h desta sexta (21) e segue até as 23h59 da próxima sexta (28). Até o momento, apenas Moraes votou.
"O denunciado, conforme narrado na denúncia, não só participou das manifestações antidemocráticas como também instigou e colaborou ativamente para os atos de depredação ocorridos no dia 08 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes", escreveu o ministro.
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A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, diz que o primo dos Bolsonaro, pelo menos desde a eleição de 2022 até 8 de janeiro de 2023, associou-se de forma "livre, consciente e voluntária" a centenas de outras pessoas, algumas armadas, "praticando atos que se voltavam contra a higidez do sistema eleitoral".
"Especialmente a partir das eleições presidenciais, o grupo se voltou ao cometimento de crimes de dano qualificado e de deterioração de patrimônio público e tombado, por não se conformar com o resultado do pleito, praticando o crime de associação criminosa armada."