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Moraes dá 48 horas para hospitais municipais de SP informarem se negaram aborto legal

Prática é realizada na rede municipal em casos de estupro. Secretaria Municipal de Saúde afirmou que prestará esclarecimentos no prazo

Moraes dá 48 horas para hospitais municipais de SP informarem se negaram aborto legal
Alexandre de Moraes: ministro do STF deu 48 horas para hospitais de São Paulo se pronunciarem sobre aborto legal | Reprodução
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quarta-feira (26) que a prefeitura de São Paulo esclareça em até 48 horas os abortos legais que foram negados em hospitais apontados pela administração como espaços para realização desses serviços.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que prestará os esclarecimentos dentro do período determinado.

O que aconteceu?

Em 18 de junho, o ministro determinou a intimação da direção de hospitais municipais paulistanos para comprovar que estavam cumprindo a suspensão de uma resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que proibia assistolia fetal feita por médicos para a realização do aborto após 22 semanas de gestação em caso de estupro, quando a prática é legal.

O Supremo afirmou haver "incerteza" quanto à garantia do acesso legal ao aborto na rede pública municipal após receber denúncias neste sentido. Também em junho, o jornal Folha de S. Paulo reportou que uma mulher engravidou após ser estuprada pelo marido da própria avó e, após ter a interrupção da gestação negada em hospitais de São Paulo, precisou ir até a Bahia para realizar o procedimento.

Na capital paulista, cinco unidades da rede afirmam realizar o processo de forma legal: Hospital Municipal Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha; Hospital Municipal Tide Setúbal; e Hospital Municipal e Maternidade Professor Mario Degni.

Discussão legislativa

As decisões proferidas por Moraes dividem espaço com a tramitação do Projeto de Lei 1904/24, cujo texto equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio simples e criminaliza os casos em que o procedimento é legal atualmente, no Congresso.

A discussão superou o Legislativo, ganhou o debate público e mobilizou protextos contrários ao projeto em diversas cidades do país. Após a repercussão, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), anunciou que o PL será debatido apenas no segundo semestre.

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