Moicano, dancinhas e “Ousadia e Alegria”: relembre tendências lançadas por Neymar no Brasil
De volta ao futebol brasileiro após 12 anos, jogador assina contrato com o Santos nesta sexta-feira (31)
Ana Clara Souza
Após 12 anos jogando no exterior, Neymar Jr. está de volta ao futebol brasileiro. O jogador assina contrato nesta sexta-feira (31) com o Santos, clube pelo qual estreou profissionalmente em 2009.
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Durante sua primeira passagem pelo time, que durou até 2013, o atacante chamou atenção não apenas pela atuação nos gramados, mas também por popularizar diversas tendências dentro e fora dele. Dos estilos de cabelo inusitados às comemorações com dancinhas, o jogador se tornou um ícone da década de 2010, marcando várias gerações que acompanharam o “menino da Vila”.
Relembre a seguir alguns dos momentos marcantes de Neymar no Brasil.
Corte moicano e suas variações
O moicano foi a marca registrada de Neymar por muito tempo. Nos primeiros anos da carreira profissional, o atacante já exibia um topete, ainda discreto e com sua cor natural de cabelo.
Ao longo das temporadas, o penteado foi ganhando evoluções: se tornou mais volumoso, teve as pontas descoloridas e até recebeu acessórios, como a faixa fina na testa para segurar a franja.
Outra emblemática variação do corte contou com as trancinhas na parte de trás da cabeça.
O jogador chegou a descolorir todo o cabelo e revolucionou ao fundir três tendências em uma: uniu, de uma vez só, franja, moicano e mullet.
Ao estilo “menino Ney”
Faixa no punho, gola levantada e meião acima do joelho. Esse era o estilo do garoto da Vila, que se popularizou entre crianças e jovens que tinham o craque santista como referência.
Fora de campo, os brincos de diamante, o crucifixo pendurado no pescoço e o boné virado para trás também viraram marca pessoal do jogador – e uma febre entre o público.
Dancinhas nas comemorações
As comemorações após balançar as redes também faziam parte do espetáculo de Neymar. Assim que fazia um gol, gerava a expectativa de qual seria a dancinha da vez.
A mais memorável delas, “Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha”, dos sertanejos João Lucas e Marcelo, rendeu até um videoclipe em parceria com a dupla, gravado na Vila Belmiro, estádio do Santos.
O jogador seguiu incorporando novos hits às suas comemorações, entre eles, “Assim Você Mata o Papai”, do grupo Sorriso Maroto, e “Ai, Se Eu Te Pego”, de Michel Teló – que já dominava as paradas musicais dentro e fora do Brasil.
O “Passinho do Volante”, do Furacão 2000 e Os Leleks, também se tornou um fenômeno após Neymar levar a coreografia para os gramados.
O lema "Ousadia e Alegria" e a gíria "É Tóis"
Neymar e amigos também criaram duas expressões que viralizaram, principalmente na internet: os bordões “É Tóis” e “Ousadia e Alegria” serviram de pose para foto e legenda nas redes sociais. O sucesso foi tanto que teve direito a música e até slogan em campanhas de publicidade.
Mensagens nas chuteiras
O jogador também embarcou na onda de prestar homenagens nas chuteiras. Em 2012, o atacante personalizou seu calçado azul em um gesto de carinho ao pai, também chamado Neymar.
A ação se repetiu em outros momentos, como em um treino antes da Olimpíada de Londres, em 2012, quando o jogador usou uma chuteira com o nome do seu primeiro filho, Davi Lucca, e outra com o nome da irmã, Rafaela.
Além das homenagens aos familiares, ele utilizou chuteiras com o seu bordão “Ousadia e Alegria” durante o Mundial de Clubes de 2011.
Paradinha nas cobranças de pênaltis
Apesar de não ter sido o criador da paradinha – recurso que consiste em uma pausa na cobrança de pênalti, após a corrida do batedor, com o objetivo de enganar o goleiro na hora da finalização –, Neymar foi o responsável por popularizar a técnica e acender o debate que levou a uma mudança nas regras do futebol.
Até 2010, a paradinha era pouco utilizada, o que não gerou grandes discussões em torno do seu uso. No entanto, a frequência com que Neymar passou a adotar a técnica chamou atenção no mundo do futebol. Somente naquele ano, cinco dos 11 gols de pênalti marcados pelo atacante foram convertidos usando o recurso.
Com a repercussão, a FIFA revisou a regra das cobranças de pênalti, proibindo a pausa após a conclusão da corrida. A entidade justificou que “a finta durante aproximação (...) com o objetivo de confundir o adversário é permitida. Contudo, a finta para chutar a bola depois de o jogador ter completado a aproximação é agora considerada uma infração à Regra 14 e um ato considerado antidesportivo”.
* Estagiária sob supervisão de Emanuelle Menezes