Ministro da Educação diz ser contra homeschooling, projeto que Nikolas que pautar na Câmara
Em entrevista ao programa Perspectivas, Camilo Santana reafirmou a importância do debate como caminho para priorizar a educação
A eleição do bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para ocupar a presidência da Comissão de Educação da Câmara continua repercutindo. Uma das pautas que deve ser um ponto de contenção entre governo e Congresso é o homeschooling, assunto defendido pelos conservadores.
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Em entrevista para Soane Guerreiro, no programa Perspectivas, o ministro da Educação, Camilo Santana, deixou clara a posição dele e do governo sobre a matéria.
"Nós acreditamos que o aprendizado precisa ser feito dentro da escola. Inclusive, são experiências que alguns países ricos estabeleceram e não tiveram resultados comprovados cientificamente. O Brasil precisa garantir que a presença dos nossos alunos esteja na escola, convivendo com outros alunos, com a diferença, construindo relações em sala de aula. É essa visão em que nós acreditamos", defendeu.
O ministro acrescentou a necessidade de um fortalecimento da política nacional sob a perspectiva da inclusão, citando pessoas com deficiência. "Não queremos ninguém fora da escola. O apoio psicossocial precisar estar presente, com assistentes sociais, com psicólogas, com orientação a professores e diretores. É isso que acreditamos e essa é a política que nós vamos procurar fortalecer na gestão do presidente Lula", disse.
Apesar da diferença de opinião sobre o homeschooling, Santana fez questão de ressaltar a importância de um "debate democrático". "O que está em jogo não são visões ideológicas ou partidárias", defendeu. "O que está em jogo é a qualidade que ofertamos de educação pública para as crianças e jovens deste país. Para todos os brasileiros. Em um país tão desigual, com tantos desafios, o que nós acreditamos, o que o presidente Lula acredita, é que um bom caminho se constrói através da educação", concluiu.