Publicidade
Brasil

Sônia Guajajara se torna a primeira indígena doutora honoris causa da Uerj

Homenagem destaca atuação política e coletiva da ministra em defesa dos direitos indígenas

Imagem da noticia Sônia Guajajara se torna a primeira indígena doutora honoris causa da Uerj
Sonia Guajajara é a primeira indígena doutora honoris causa da Uerj | Foto: Reprodução/ Tânia Rêgo, Agência Brasil
Publicidade

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, se tornou a primeira pessoa indígena a receber o título de Doutora Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em cerimônia realizada nesta quarta-feira (28).

Considerada a honraria mais alta concedida por universidades, é destinada a personalidades que se destacam por relevantes contribuições à educação, à cultura, à ciência e à sociedade. A escolha foi aprovada pelos conselhos superiores da instituição e inscreveu o nome da ministra no Livro Tombo de Ocorrências Históricas da universidade, ao lado de figuras como Nelson Mandela, Antônio Carlos Jobim, Gilberto Gil e Luiz Inácio Lula da Silva.

+ Supremo define listas tríplices que forçam Lula a indicar uma mulher para vaga no TSE

Em um discurso emocionado, a ministra reforçou o simbolismo coletivo da homenagem, afirmando que o título representa não apenas sua trajetória individual, mas também a luta e a resistência dos povos originários do Brasil e do mundo.

A ministra também exaltou o papel pioneiro da Uerj na adoção de políticas afirmativas, sendo a primeira universidade pública a implementar cotas raciais e sociais, política que, anos depois, se tornaria obrigatória em todas as instituições federais de ensino superior.

Natural do Maranhão, ela é formada em Letras e Enfermagem, com especialização em Educação Especial, e entrou para a história também como a primeira deputada federal indígena eleita por São Paulo, em 2022.

+ Alckmin vai para o hospital após sentir enjoo e dores abdominais

A reitora da Urej, Gulnar Azevedo e Silva, celebrou a entrega do título como um momento de grande significado institucional e simbólico. Para ela, a homenagem reconhece não apenas a liderança de Sônia, mas também a importância da presença indígena nos espaços acadêmicos e decisórios do país. Gulnar ainda destacou que a universidade conta com 38 estudantes indígenas, distribuídos em 24 cursos.

Já no Instagram, registrando o acontecido, a ministra postou um trecho da cerimônia e escreveu que "este título é uma reafirmação de que o conhecimento não está restrito às fronteiras físicas já demarcadas. É uma valorização dos conhecimentos que os povos indígenas podem trazer à educação".

*Com informações da Agência Brasil

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade