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Brasil

Ministério Público recorre da decisão da Justiça que isentou vereador por morte após fake news

Vítima foi espancada até a morte por populares que teriam sido induzidos pelo vereador Marcel da ONG; MP pede condenação por homicídio qualificado e incitação ao crime

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O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão do Tribunal de Justiça de Suzano que recusou a denúncia contra o vereador Marcel Pereira da Silva (PRD), conhecido como Marcel da ONG, por homicídio qualificado e incitação ao crime.

O vereador compartilhou uma fake news alegando que a vítima, Rafael dos Santos Silva, havia matado cães a facadas na cidade. Rafael sofreu linchamento público e morreu após ser espancado por sete homens e, em seguida, atropelado por um deles. O caso aconteceu no final de dezembro do ano passado.

+ Linchamento após fake news: vereadores arquivam caso contra colega que compartilhou notícia falsa

O promotor Bruno Grecco Cardoso considerou que Marcel induziu os autores ao crime. Sem apurar a veracidade do boato, eles se uniram e decidiram matar Rafael.

"Marcel, seja como vereador local, seja como titular de uma ONG destinada à proteção de animais, confere às suas palavras uma maior credibilidade e faz com que ele goze de especial prestígio perante a comunidade regional. Assim, observadas as devidas proporções, é evidente que a ele impõe-se o dever de atuar com maior cuidado, responsabilidade e zelo quando de suas veiculações públicas", considerou no pedido Bruno Grecco Cardoso.

Para a advogada Nayara Santos, que representa a família da vítima, a ação do Ministério Público representa um avanço para o caso. "Desejamos que o vereador seja julgado e processado na forma da lei, assim como os outros acusados estão sendo", afirma Nayara Santos.

Câmara de Suzano

No último dia 6, a Câmara Municipal de Suzano votou em unanimidade pelo arquivamento do caso e não abertura de investigação da conduta de Marcel Pereira.

Marcel da ONG e Justiça

O SBT News pediu uma nota de posicionamento para o vereador e para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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