Publicidade
Brasil

Ministério Público denuncia oito policiais civis delatados por Gritzbach

Dois delegados são acusados por lavagem de dinheiro, organização criminosa, formação de quadrilha e ligação com o PCC

Imagem da noticia Ministério Público denuncia oito policiais civis delatados por Gritzbach
Da esquerda para direta, de cima para baixo: delegado Fábio Baena e investigadores Eduardo Monteiro, Marcelo Roberto Ruggieri, Rogério de Almeida Felício e Marcelo Marque de Souza
,
• Atualizado em
Publicidade

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, na noite desta sexta-feira (21), oito policiais civis, a esposa de um deles, um advogado e dois empresários por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e extorsão.

A investigação que resultou no documento de 283 páginas enviado à Justiça paulista teve início após a execução do delator Antônio Vinícius Gritzbach, assassinado a tiros em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Segundo a denúncia, o grupo operava uma rede sofisticada de empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e transações financeiras para ocultar a origem ilícita de recursos ligados ao crime organizado.

Os acusados teriam atuado junto a integrantes do PCC para extorquir Gritzbach e montado um verdadeiro quartel do crime organizado utilizando o aparelhamento do Estado.

+ Caso Gritzbach: Prostituição, pôquer e desmanche financiavam policiais civis delatados

O MPSP também solicita que os agentes públicos envolvidos paguem R$ 40 milhões como ressarcimento aos cofres públicos, alegando "dano causado pelos crimes cometidos, além de indenização por dano moral coletivo e dano social", conforme o documento.

Os denunciados e os crimes

Os delegados Fabio Baena Martin e Alberto Pereira Matheus foram denunciados por lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa, formação de quadrilha e recebimento de valores incompatíveis com seus rendimentos. Baena segue preso preventivamente, enquanto Matheus responde ao processo em liberdade.

Entre os investigadores denunciados, Eduardo Monteiro enfrenta acusações de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Já Marcelo Ruggeri (Xará), Marcelo Marques Souza (Bombom) e Rogério de Almeida Felício (Rogerinho) foram denunciados por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Todos permanecem presos.

+ PM aposentado que matou jovem em briga no Metrô é investigado por outros disparos após discussão

+ "Abin paralela": PF encontra computadores funcionais usados por Ramagem e sucessor na sede da agência

O investigador Valdenir Paulo de Almeida (Xixo) foi acusado de enriquecimento ilícito, enquanto Valmir Pinheiro (Bolsonaro) responde por participação em organização criminosa. Ambos estão detidos.

Além dos policiais, o advogado Ahmed Hassan Saleh (Mudi) e os empresários Robinson Granger de Moura (Molly) e Ademir Pereira de Andrade também foram denunciados por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Todos seguem presos.

Novo pedido de prisão

Na nova denúncia apresentada, o MPSP solicitou a prisão preventiva de Danielle Bezerra dos Santos, esposa do investigador Rogerinho. Ela é acusada de atuar diretamente em operações ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Outro Lado

Daniel Bialski, que defende Baena e Monteiro informou que os crimes apurados são elucubrações do mitômano e criminoso confesso, Vinícius Gritzbach, sem que tenha se dignado de analisar os pedidos de produção de provas formulados por essa Defesa que desmentiriam as ilações e bravatas suscitadas pela citada Autoridade.

O advogado Gabriel Bellotti Xixo e Bolsonaro informou que não teve acesso à denúncia e que não faria comentários.

Os advogados dos outros acusados não foram localizados. O espaço segue aberto.

Além dos policiais, também são acusados um advogado e dois empresários por lavagem de dinheiro e organização criminosa. A mulher de um policial também foi denunciada por envolvimento com o PCC e teve a prisão preventiva decretada.

Procuramos a defesa dos delegados denunciados, mas não obtivemos resposta.

Publicidade

Assuntos relacionados

PCC
caso Gritzbach
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade