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Ministério da Saúde antecipa vacinação contra a gripe mais uma vez

Ação é uma tentativa de diminuir a superlotação dos hospitais, já sobrecarregados com o aumento de casos de dengue e covid-19

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Mathias Aldemar Inácio, de 10 anos, foi a primeira pessoa no Estado de São Paulo a receber a vacina Qdenga, contra a dengue. Foto: Reprodução
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O Ministério da Saúde decidiu antecipar ainda mais a vacinação contra a gripe, diante da alta circulação do vírus no país.

A imunização, que costuma ocorrer entre abril e maio, já havia sido antecipada para fim de março. Agora, os municípios foram autorizados a dar início à vacinação assim que receberem as doses.

A ação é uma tentativa de diminuir a superlotação dos hospitais, já sobrecarregados com o aumento de casos de dengue e covid-19.

Um aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza e por covid-19foi registrado principalmente nas regiões sudeste, centro-oeste e sul. Esse cenário preocupa as autoridades, já que, em alguns estados, o sistema de saúde já está sobrecarregado pelo avanço da dengue.

Para Paulo Gewehr, o diretor científico da Sociedade Gaúcha de Infectologia, adiantar a vacinação é uma boa estratégia.

"Quando vem uma epidemia e tem um impacto maior no número de casos, no número de gravidade, esse sistema muitas vezes ele fica estressado, ou seja, ele vai trabalhar no limite da sua capacidade. Então, quanto mais trabalharmos na prevenção e em várias frentes e, principalmente com a vacinação, mais recursos vão sobrar para atender as demandas que nós já tínhamos do dia e os que possam vir a ficarem graves", afirma o especialista.

A meta é imunizar 75 milhões de brasileiros contra a gripe. A campanha vai priorizar crianças acima de seis meses e menores de seis anos, trabalhadores da saúde, segurança e do transporte público, gestantes e puérperas, professores, indígenas, idosos, doentes crônicos, pessoas com deficiência, caminhoneiros e população carcerária.

A vacina da covid-19, com proteção contra as novas cepas do coronavírus, deve começar a ser aplicada nos grupos prioritários em abril.

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