Médico é afastado após negar atestado para mãe cuidar de filho doente

A prefeitura de Cambé, no norte do Paraná, determinou o afastamento do médico que negou atestado de acompanhante para uma mulher que estava com o filho de cinco anos doente. O profissional é contratado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), que comunicou o afastamento preventivo.

“O Cismepar esclarece que trabalha em apoio aos municípios na contratação de médicos através do processo de credenciamento. Diante da gravidade do ocorrido, realizamos a abertura do Processo Administrativo para apuração dos fatos, bem como o afastamento do profissional, preventivamente, até a finalização do processo”, disse o consórcio.

O caso aconteceu na segunda-feira (20), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Silvia Mantovani. Na ocasião, Luciana Costa levou o filho que estava com febre e sintomas gripais para ser diagnosticado e pediu atestado de acompanhante para cuidar da criança. O pedido foi negado pelo médico, que sugeriu que o menino ficasse sozinho em casa.

Incrédula, Luciana filmou o ocorrido. "A senhora vai deixar ele em casa neste período [de atestado para a criança]. Qual o risco de deixar ele em casa sozinho?", questionou o profissional, afirmando ainda que a criança poderia "ficar assistindo televisão". A mãe rebateu, afirmando que o menino tinha apenas cinco anos.

Após sair da consulta, a mãe pediu para ser atendida novamente. Ela conseguiu o atestado com outra médica, que assumiu o plantão médico.

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Além do Cismepar, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que abriu um procedimento sindicante para investigar a conduta do médico. “Como determina o Código de Processo Ético-Profissional, o trâmite ocorre sob sigilo, assegurando-se os requisitos de contraditório e ampla defesa”, disse o Conselho, em comunicado.