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Brasil

Médico condenado por estupro é homenageado na Assembleia Legislativa de SP

Associação que indicou homenagem diz que não sabia de processo na Justiça

Imagem da noticia Médico condenado por estupro é homenageado na Assembleia Legislativa de SP
Milton Seigi Hayashi é homenageado na Alesp | Flickr/Larissa Navarro/Alesp
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O médico Milton Seigi Hayashi, de 62 anos, condenado por abusar da sobrinha de 9 anos, foi homenageado em sessão na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), em 27 de março, com a Medalha Cinquentenário das Forças de Paz do Brasil. A homenagem foi feita Associação Brasileira das Forças Internacionais da Paz da ONU (Abfip/Onu).

Hayashi é cirurgião plástico em Birigui, interior de São Paulo. Ele foi condenado Tribunal de Justiça de São Paulo, em junho de 2024, a 16 anos e quatro meses de prisão por estupro de vulnerável, com direito a recorrer em liberdade. A sentença foi posteriormente definida para 14 anos de reclusão. O crime teria acontecido em 2022, na piscina da casa dele, quando o médico teria tocado as partes íntimas da criança.

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A associação informou que Hayashi foi indicado pelo seu departamento de saúde "após análise de documentos, informações prestadas pelo médico e notícias encontradas em redes sociais, bem como referências apresentadas pelos seus 25 anos de serviços prestados como médico, não se tendo conhecimento do processo criminal informado". O caso está em segredo de Justiça.

Outro lado

O médico segue recorrendo da sentença. O caso ocorreu em 2022. O médico está recorrendo da condenação ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Em nota, a Alesp informou que o evento é de responsabilidade da Abfip e que "o espaço foi solicitado pelo gabinete do deputado Capitão Telhada (PP) para a realização deste ato solene", e que a Assembleia "apenas cede o local".

O gabinete do deputado Telhada afirmou que não tem vínculo com o médico e que a sessão foi realizada a partir de solicitação da associação e com a autorização da Alesp.

A Abfip disse que tomou conhecimento da condenação do médico após a divulgação do caso na mídia e que será instaurado procedimento interno para apuração dos fatos.

Veja nota da Abfip:

"A Associação Brasileira das Forças de Paz (ABFIP) tomou conhecimento da condenação do médico citado, quando procurado por esta reportagem, verificando que o processo está em segredo de justiça. Contudo, será instaurado procedimento interno pelo departamento competente para apuração dos fatos e comprovada as alegações a outorga realizada poderá ser cassada.

O médico foi indicado pelo departamento de saúde da instituição, após análise de documentos, informações prestadas pelo médico e notícias encontradas em redes sociais, bem como referencias apresentadas pelos seus 25 anos de serviços prestados como médico, não se tendo conhecimento do processo criminal informado.

Importante frisar que a ABFIP não compactua com qualquer conduta criminosa, prezando sempre pela paz social. Ao longo de seus 39 anos de existência sempre zelou pelo compromisso de promover a paz e reconhecer pessoas da sociedade civil pelos serviços relevantes prestados à sociedade. A condecoração outorgada é de responsabilidade da ABFIP não havendo qualquer participação por parte do Gabinete do Deputado que presidiu a sessão, bem como da ALESP na indicação dos homenageados".

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