Marina Helena: "Se o crime tem fuzil, a Guarda Municipal também precisa ter"
Em entrevista ao SBT News, a pré-candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo diz que pretende dobrar efetivo da GCM
Wagner Lauria Jr.
Simone Queiroz
A economista e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Marina Helena (NOVO) afirmou, em entrevista exclusiva ao SBT News, nesta sexta-feira (25), que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) precisa ser armada com fuzil, já que o crime usa o mesmo tipo de armamento. Ela citou o posicionamento do também pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que é crítico ao uso desse tipo de arma pelos agente da GCM.
"Eu vi o [Guilherme] Boulos dizer que é um absurdo a Guarda Civil ter fuzil, mas o crime tem fuzil, então a gente também precisa armar a guarda para proteger a população", afirmou
Além disso, ela afirmou que, se eleita, sua primeira medida será triplicar o orçamento destinado à Segurança Pública e dobrar o efetivo de guardas, mas eles devem estar nas ruas "e não no escritório".
"Não adianta só gastar mais, precisa gastar melhor. Quero a guarda municipal defendendo o maior patrimônio da cidade que é o cidadão. Ou seja, ela precisa estar em todos os pontos de ônibus, na hora que as pessoas vão e voltam do trabalho, na porta da creche das escolas", explica
Política para a Cracolândia
Para resolver a Cracolândia, área de consumo e tráfico de drogas ao ar livre que ocupa várias partes da região central da capital paulista, suas propostas se dividem em combate à criminalidade, internação compulsória de usuários e reintegração de outros. No entanto, ao citar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ela fala que "mais da metade" dos usuários têm passagem ou são investigados pela polícia.
Outra parte deles, segundo ela, estão na região há cerca de dez anos e não respondmm mais por si. Para eles, Marina acredita na internação compulsória.
"Óbvio, com um laudo médico. Mas a gente precisa alertar a comunidade médica e mostrar que é um problema importante", disse
Na sua visão, há ainda uma terceira parte de usuários que podem ser reintegrados à sociedade, "e aí a prefeitura tem que cuidar".
"Aí sim, tem as pessoas que estão lá porque perderam o emprego ou tiveram problema na família. Nesses casos, a prefeitura tem que dar não só a mão, como o braço", afirmou
Direita e apoio de Bolsonaro
Segundo Marina Helena, o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao pré-candidato à reeleição para a Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que ainda não foi declarado por ele próprio, mas por aliados, pode "não ser de coração".
"A gente não sabe até que ponto isso é vontade dele ou dos caciques do partido", disse
Segundo ela, o apoio "tímido" de Bolsonaro a Russomano e de Lula a Boulos, nas eleições municipais de 2020, não garantiu a vitória de nenhum dos candidatos, mas pontua que a polarização é "saudável e sempre existiu".
"Nós não temos hoje um candidato de direita aqui na cidade de São Paulo. Eu sou a única", afirmou