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Mariana Marins desabafa sobre morte de irmã: "Vai ser muito difícil seguir sem você"

Brasileira de 26 anos estava fazendo uma trilha na Indonésia quando escorregou e caiu de um penhasco

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Mariana Marins abraçada à irmã, Juliana Marins | Reprodução/redes sociais
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A irmã de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair de um penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão Mount Rinjani, na Indonésia, fez um desabafo nas redes sociais. Em publicação na noite de quarta-feira (25), Mariana Marins compartilhou uma foto ao lado da irmã, relembrando momentos que passaram juntas.

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“Ensinei você a andar de bicicleta, a tocar violão, a gostar de 30 seconds to mars só pra ir ao show comigo. Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas sempre iam dar certo. E o pior: elas sempre davam certo! Você sempre esteve comigo em todos os momentos, inclusive nos piores deles”, escreveu Mariana.

Na publicação, Mariana ainda pediu desculpas “por não ter sido suficiente” para salvar a vida da irmã. Desabafou, ainda, sobre a dificuldade de imaginar um futuro sem Juliana.

“Como vou ser velha sem você? Como terei 60 anos sem você do meu lado? Quem usará um gorro de natal comigo em qualquer dia de dezembro? Inclusive, não sei como serão os natais sem você, irmã. Minha data preferida. Em que você fazia questão de usar um gorrinho junto comigo. Vai ser muito difícil não te ter por perto, irmã. Vai ser muito difícil seguir sem você. A vida vai ser muito difícil sem você”, escreveu.

A morte de Juliana, de 26 anos, foi confirmada na terça-feira (24), quando equipes de resgate conseguiram chegar até o local onde a jovem estava. Segundo os socorristas, após a queda, na noite da última sexta-feira (20), ela escorregou devido à inclinação do penhasco, ficando a 600 metros abaixo da trilha. A área de difícil acesso, bem como as más condições climáticas, dificultaram as operações.

O corpo de Juliana foi içado e resgatado na manhã de quarta-feira (25). Posteriormente, foi levado ao posto de Sembalun, onde seguiu para o Hospital da Polícia (RS Polri) para passar pelo processo de repatriação. Agora, a espera é pelo translado do corpo, que deve ser arcado pela família da jovem.

Demora no resgate

Natural de Niterói (RJ), Juliana fazia sozinha um mochilão pela Ásia desde fevereiro. A jovem passou por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar a Indonésia. No país, decidiu realizar uma trilha de três dias e duas noites no vulcão Rinjani, acompanhada de um guia e cinco turistas.

No segundo dia de percurso, ao parar para descansar, Juliana caiu do penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão. O guia, que teria dito para ela parar no caminho e depois reencontrar o grupo, suspeitou da demora e viu que a jovem havia caído no precipício. Juliana foi localizada apenas horas depois, por um outro grupo de turistas que passava pela trilha, com o auxílio de um drone.

A família de Juliana acusou a equipe de resgate de negligência devido à demora nas operações. Em nota, os parentes afirmaram que se os socorristas tivessem chegado até a jovem dentro do prazo estimado de 7 horas, ela estaria viva. “Juliana merecia muito mais. Agora vamos lutar por Justiça.”

Luto de 3 dias

Em homenagem à Juliana, a prefeitura de Niterói decretou luto de três dias na cidade. “Recebemos com tristeza a notícia do falecimento de Juliana Marins, jovem niteroiense que sonhava em conhecer o mundo e viveu com alegria e coragem. Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares e amigos”, disse a gestão.

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Em nota, o Itamaraty também lamentou a morte de Juliana, dizendo que “vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou solidariedade, enfatizando que os serviços diplomáticos e consulares brasileiros na Indonésia seguirão prestando todo o apoio à família da jovem.

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