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Brasil

Maior peixe-leão do mundo é capturado em Fernando de Noronha

Espécie venenosa ameaça seres humanos e a biodiversidade marítima local; especialistas estão em alerta

Imagem da noticia Maior peixe-leão do mundo é capturado em Fernando de Noronha
Mais de 60 peixes-leão foram capturados em um único mergulho / Reprodução Redes Sociais
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Um peixe-leão de 49 centímetros de comprimento foi capturado em uma operação em Fernando de Noronha. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o tamanho bateu o recorde mundial ao ultrapassar os registros da espécie documentados anteriormente, na Venezuela (45,7 cm) e nos Estados Unidos (47,4 cm). Outros 61 animais da espécie venenosa também foram retirados do mar.

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A informação foi divulgada pela Sea Paradise, empresa de mergulho parceira do ICMBio, no último domingo (9). O fato foi um alerta para especialistas sobre a expansão da espécie no arquipélago. De acordo com Pedro Pereira, coordenador do Projeto Conservação Recifal, o crescimento expressivo do peixe-leão indica a alta disponibilidade de alimento para esse predador, o que compromete a biodiversidade local.

Em 2014, o peixe-leão foi identificado pela primeira vez no Brasil e registrado oficialmente em Noronha em 2020. Pesquisadores do ICMBio contam que a espécie tem grande voracidade, podendo "consumir até 20 peixes em apenas 30 minutos, impactando severamente as populações de peixes nativos". Além do desequilíbrio ecológico, febre, vermelhidão e até convulsões podem ocorrer se seres humanos entrarem em contato com os espinhos.

Na operação mais recente, no dia 9 de março, um novo recorde mundial foi alcançado: 61 peixes-leão foram capturados em um único mergulho. O proprietário da Sea Paradise, Fernando Rodrigues, lamentou a situação: “Podemos dizer que é um recorde triste, pois confirma o quanto esses bichos estão adaptados ao ambiente marinho de Noronha”.

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Todos os animais retirados do mar foram entregues ao ICMBio para estudos sobre a espécie. A chefe do Instituto em Fernando de Noronha, Lilian Hangae, destacou a importância da capacitação de mergulhadores para ampliar a captura, que é a única forma de controle da espécie na ilha.

Veja a publicação do maior peixe-leão do mundo:

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