Lula anuncia crédito para comerciantes afetados por temporal em São Paulo
Medida visa ajudar empreendedores que sofreram prejuízos devido à falta de luz após a tempestade de 11 de outubro
O governo federal anunciou um crédito de R$ 150 milhões para ajudar comerciantes que tiveram perdas após o forte temporal de 11 de outubro em São Paulo. A chuva causou interrupção no fornecimento de energia em várias regiões da cidade, afetando principalmente pequenos negócios que ficaram dias sem luz.
Marta Lopes, corretora de imóveis, é uma das afetadas. Foram mais de quatro dias sem eletricidade em casa, o que a fez investir em um gerador para não sofrer novamente com os prejuízos causados pela falta de luz. “Aqui no bairro, é a segunda vez que ficamos vários dias sem energia. É muito difícil, sem geladeira, sem poder carregar o celular, eu tinha que ir até a casa da minha filha para carregar o celular. As velas aqui no bairro até acabaram", relatou Marta.
Durante uma agenda em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai oferecer apoio financeiro aos comerciantes que sofreram perdas por conta da falta de energia, mas sem dar detalhes. "Vamos fazer em São Paulo o que fizemos no Rio Grande do Sul. Quem perdeu geladeira, comida, ou teve prejuízo no comércio, vai ter uma linha de crédito para se recuperar. Não quero saber de quem é a culpa, eu quero saber quem vai dar a solução", declarou o presidente.
A Defesa Civil emitiu um alerta para a possibilidade de novos temporais com ventos de até 60 km/h para todo o estado de São Paulo entre esta sexta-feira (18) e sábado (19). Em regiões do interior, como Campinas e na Serra da Mantiqueira, a preocupação maior é com a quantidade de chuva, que pode ultrapassar os 200 milímetros no fim de semana.
A Enel, concessionária de energia de São Paulo, enfrenta críticas pela demora em restabelecer a luz para os clientes. O Ministério Público de Contas de São Paulo solicitou ao Tribunal de Contas da União uma intervenção do governo federal na empresa.
Em Brasília, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que opera com um orçamento 42% inferior ao solicitado ao governo federal para este ano, o que compromete a fiscalização das concessionárias de energia.