Lula afirma que servidores não serão punidos por greve: “Pedem o que querem, a gente dá o quanto pode”
Em café com jornalistas, presidente prometeu negociar com todas as categorias e disse que direito de greve é legítimo
Com diversas instituições e universidades federais entrando em greve por todo o país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que nenhum servidor será punido por isso. Ele acrescentou, no entanto, que enquanto a categoria “pede o que quer”, o governo só dará “o quanto pode”.
“O pessoal estava muito, muito reprimido, eles não faziam greve há muito tempo, não tinha aumento de salário há muito tempo. Nós estamos preparando aumento de salário para todas as carreiras e vão ter aumento. Nem sempre é tudo que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar. E nós vamos negociar com todas as categorias. Eu quero até aproveitar para dizer que ninguém será punido nesse país por fazer uma greve”, declarou Lula durante café com jornalistas.
Pelo menos 52 universidades, 79 institutos federais (IFs) e 14 campus do Colégio Pedro II estão em greve. Parte pela mobilização dos docentes, parte pelos técnicos e outra parte em ambas as categorias. O governo já havia declarado que não há espaço fiscal para conceder aumento ao funcionalismo neste ano. Para aplacar os ânimos dos servidores, negocia a ampliação de benefícios, entre eles, auxílio-alimentação.
“Nós vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. É um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles pedem quanto eles querem; a gente dá quanto a gente pode”, afirmou Lula.