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Justiça Federal suspende prorrogação antecipada do contrato da Enel em São Paulo

Decisão atendeu a pedido da Prefeitura e obriga União e Aneel a analisarem alternativas para melhorar qualidade e eficiência dos serviços de energia

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Enel: Procuradoria de SP alegou que a empresa apresentou falhas reiteradas no fornecimento de energia - Enel/Divulgação
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A Justiça Federal do Brasil suspendeu o processo de prorrogação antecipada do contrato de concessão da Enel Distribuição São Paulo, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista. A decisão atendeu a um pedido da Prefeitura de São Paulo, que questiona falhas no serviço prestado e irregularidades no procedimento de renovação contratual.

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A Procuradoria-Geral do Município alegou que a concessionária apresentou falhas reiteradas no fornecimento de energia e deficiências no atendimento à população.

De acordo com a determinação da Justiça, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a União devem realizar uma Análise de Impacto Regulatório (AIR) para avaliar alternativas de concessão que garantam eficiência, tarifas equilibradas e serviços de melhor qualidade.

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A decisão judicial ainda obriga a Aneel a incluir indicadores que antes não eram levados em conta no processo de renovação:

  • Tempo médio de atendimento a emergências (TMAE);
  • Indicador de nível de serviços (INS);
  • Índice de satisfação ao consumidor (IASC);
  • Duração da interrupção individual em dia crítico (DICRI).

Segundo a procuradora-geral do município, Luciana Nardi, a medida busca “assegurar que o interesse público e a continuidade dos serviços essenciais estejam sempre em primeiro lugar”. Ela destacou que a decisão reforça a importância da transparência e da eficiência no fornecimento de energia.

MPF já havia apoiado ação contra a Enel

Em 29 de setembro, um dia após a Prefeitura ingressar com a ação, o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo se manifestou a favor da suspensão do processo de prorrogação antecipada.

O parecer pede que a Aneel aguarde a conclusão do processo que apura possível caducidade da concessão, instaurado em outubro de 2024.

Prefeitura pressiona por mudanças desde 2023

A atual gestão municipal tem atuado contra a concessionária desde 2023. Foram enviados ofícios à Agência Nacional de Energia Elétrica e ao Tribunal de Contas da União para exigir medidas.

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O prefeito Ricardo Nunes também tratou do tema com o ministro Alexandre Silveira e com o presidente da Câmara, Arthur Lira, buscando mudanças legais que deem mais autonomia aos municípios na escolha e fiscalização das concessionárias de energia.

O que diz a Enel

Em nota, a Enel afirmou ter compromisso em trazer investimentos em tecnologia para as redes de energia e reforçou que cumpre com todas as cláusulas estabelecidas na concessão.

Veja a nota:

"A Enel tem um compromisso de longo prazo com o país, traduzido por investimentos massivos em tecnologia, renovação de redes e contratação e formação de pessoal. A Companhia explicita sua confiança nos ritos de renovação estabelecidos pelos agentes reguladores, que dão segurança aos investimentos presentes e futuros da empresa e reforça que cumpre rigorosamente todas as cláusulas estabelecidas em seu contrato de concessão."
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